Polícia realiza buscas em escritórios de advocacia por golpe em idosos

Em uma operação coordenada pela Polícia Civil de Goiás, a 3ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia – 2ª DRP, deflagrou a Operação Captadores para combater um sofisticado esquema de golpe que estava prejudicando idosos e outros beneficiários de programas sociais. A ação, realizada com o apoio da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil/Goiás, visou desmantelar uma rede criminosa que explorava a vulnerabilidade de suas vítimas.
 
O esquema de golpe envolvia captadores externos que abordavam as vítimas nas proximidades da agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Aparecida de Goiânia. Esses captadores alegavam prestar serviços necessários e encaminhavam as vítimas a supostos advogados e escritórios de advocacia. No interior da agência do INSS, um vigilante patrimonial também atuava indicando captadores e supostos advogados, integrando-se ao esquema criminoso.
 
Os golpistas agiam de forma insistente, convencendo as vítimas a assinar contratos e formulários em branco, fornecer senhas de aplicativos e tirar fotografias. Após alguns dias, as vítimas eram levadas a agências bancárias para sacar valores de empréstimos ou benefícios concedidos. Os agentes do golpe se apropriavam de mais da metade dos valores, alegando serem honorários pelos serviços prestados. Esse esquema resultou em diversos empréstimos surgindo nos benefícios mensais das vítimas, reduzindo significativamente seus proventos e gerando dificuldades de subsistência.
 
As vítimas, na maioria idosos com dificuldade em utilizar aplicativos e sistemas informatizados, eram severamente afetadas pelo golpe. Além de perder uma grande parte de seus benefícios, elas também enfrentavam a redução de seus proventos a menos de 50% do valor original. Isso gerava sérias dificuldades de subsistência, afetando diretamente a qualidade de vida desses beneficiários.
 
A Polícia Civil de Goiás cumpriu quatro ordens judiciais, incluindo duas buscas em escritórios de advocacia e duas medidas cautelares de afastamento. A operação contou com o apoio da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil/Goiás, demonstrando uma colaboração efetiva entre as autoridades para combater o crime. As investigações prosseguem visando à identificação de outros possíveis envolvidos no esquema criminoso.
 
Os membros do grupo podem ser indiciados pelos delitos de associação criminosa, estelionato, exercício ilegal da profissão e coação de idoso a contratar ou outorgar procuração. A operação visa não apenas desmantelar a rede criminosa, mas também garantir que os responsáveis sejam devidamente punidos pela Justiça.

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Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

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