Última atualização 16/08/2022 | 12:24
Uma facção aliada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) é alvo de operação da Polícia Civil (PC), nesta terça-feira, 16. De acordo com os investigadores, o grupo é responsável por 40% dos homicídios ocorridos em Goiás no último ano. Além disso, teria movimentado, dentro de três anos, R$ 1,3 bilhão com tráfico de drogas.
Ao todo, são cumpridos 36 mandados de busca e apreensão em Goiás, mas especificamente em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia; e nos estados do Mato Grosso, Paraná e Minas Gerais, além do Distrito Federal. Segundo a PC, a facção Amigos do Estado (ADE), que se aliou ao PCC, usava 11 empresas de fachada para a comercialização de drogas. Inclusive, elas estariam em nomes de familiares e pessoas da organização criminosa. Ao todo, 400 pessoas são investigadas.
“A gente começou essa investigação analisando relatórios de inteligência financeira de traficantes ligados à organização criminosa, quando descobrimos alguns depósitos para as empresas de fachada de Trindade. A partir daí nós descobrimos 400 pessoas envolvidas só no estado de Goiás”, explicou o Douglas Pedroso.
Até o momento, já foram apreendidos documentos e aparelhos eletrônicos. Também foram encontradas dezenas de armas e R$ 500 mil.
O delegado Douglas Pedroso, responsável pelas investigações em Goiás, explicou que o grupo agia dentro e fora dos presídios. Agora, a polícia espera conseguir “elementos suficientes para outras fases da operação.” O líder dessa facção é um Brasileiro, que atualmente mora na Bolívia, identificado a princípio como Hendri Junior de Almeida Maia. Ele já é considerado foragido pela polícia de Goiás, que vai acionar ainda nesta terça-feira, 16, as autoridades bolivianas para procurá-lo.
Ninguém foi preso. A operação segue ao decorrer de todo o dia.