Polícia realiza operação contra roubo e furto de caminhonetes de luxo, em Goiás

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFVRA), realizou uma operação de combate ao roubo de caminhonetes de luxo em municípios do interior de Goiás. A ação teve início após o compartilhamento de informações entre as polícias civil e militar a respeito da ocorrência de uma série de furtos e roubos de veículos.

Todos os integrantes do esquema foram identificados, segundo a Polícia Civil. Ainda de acordo com informações policiais, o grupo utilizava bloqueadores de sinal de rastreamento veicular, módulos de ignição e armas de fogo para praticar a subtração de, pelo menos, mais de uma dezena de caminhonetes nas cidades de São Luís de Montes Belos, Firminópolis, Uruaçu, Mossâmedes, Itaberaí e Cromínia. Os veículos eram desmanchados e as peças eram destinadas ao abastecimento de uma loja situada na região da Canaã, em Goiânia, de propriedade do líder do grupo.

Nesse fim de semana, as equipes policiais constataram que o grupo praticou duas novas subtrações de automóveis, que já estariam sendo desmanchados em um galpão situado no setor Parque Oeste Industrial, em Goiânia. Sendo assim, durante a manhã de segunda-feira, 9, policiais da DERFRVA deflagraram a operação com o intuito de desarticular a organização criminosa e recuperar os veículos recentemente roubados.

No local, os suspeitos resistiram à voz de prisão e iniciaram troca de tiros com os policiais. Quatro investigados vieram à óbito. As equipes apreenderam seis armas de fogo, bloqueadores de sinal de rastreamento, módulos de ignição, ferramentas utilizadas para o desmanche dos automóveis e quatro caminhonetes de luxo. Além disso, foram apreendidas diversas peças de outros veículos já desmanchados, bem como os automóveis utilizados pelos suspeitos como suporte para a prática dos delitos, vulgarmente conhecidos como “cavalos”, e o caminhão utilizado no transporte das peças retiradas dos veículos subtraídos.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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