Polícia recaptura advogado acusado de homicídio que fugiu de unidade prisional

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) capturou na noite desta quarta-feira, 26, o advogado Adelúcio Lima Melo, que havia fugido da Casa do Albergado Ministro Guimarães Natal, em Goiânia, no último domingo, 23. O homem é acusado de ser mandante do assassinato de um colega de profissão, em 2020.

O criminoso foi encontrado em Rio Verde, a 250 km da capital, por equipes do Grupo Antissequestro da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, em conjunto com a Polícia Penal (PP). Além do fugitivo, os agentes também prenderam outra pessoa suspeita de auxiliá-lo na fuga da casa de detenção.

O advogado teria fugido da unidade prisional após quebrar a grande de proteção de uma janela e, em seguida, montar uma espécie de “escada” com móveis do local para que conseguisse pular o muro.

Adelúcio estava instalado em uma sala destinada a advogados, o que facilitou a fuga. Agora, ele era encaminhado para uma unidade de segurança máxima, devido ao risco de escapar novamente.

Condenação

Adelúcio Lima Melo foi condenado a 27 anos e seis meses pelo assassinato do advogado Hans Brasiel da Silva na última quarta-feira, 19. Além dele, a polícia também condenou Wuandenberg Alves Faria e Rafael Alves da Silva a 15 e 16 anos de prisão, respectivamente, por envolvimento no crime.

O crime ocorreu em 2020, no munícipio de Aruanã. Investigações apontam que a vítima se mudou para a cidade e começou a trabalhar na mesma área que Adelúcio. A vítima foi morta a tiros dentro do escritório que trabalhava.

A denúncia do Ministério Público aponta que Adelúcio e Wuandernberg foram mandantes do crime, sendo que o segundo advogado teria entrado em contato com Rafael e oferecido R$ 7 mil pelo assassinato da vítima. Os mandantes do crime ofereceram a motocicleta e a arma utilizada no crime.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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