Última atualização 14/05/2024 | 16:38
Na última quinta-feira, 9, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resgatou oito cachorros, um coelho, uma ovelha e dois gatos em condições deploráveis. Uma médica veterinária mantinha os 12 animais em um ambiente, sem acesso a alimento ou água.
A suspeita, Samara Rodrigues, de 30 anos, que publicava vídeos declarando amor aos animais para mais de seis mil seguidores, está sob investigação por maus-tratos pela PCDF.
De acordo com PCDF foi encontrado no local um coelho em decomposição, com larvas ao redor, em uma lata de lixo na varanda. Além disso, um gato sem cabeça foi encontrado na residência, e um cachorro morto estava envolto em um pano dentro do carro da suspeita. As informações foram divulgadas pelo portal Metropoles.
Os policiais, ao chegarem ao local onde os animais estavam sendo mantidos em condições precárias, não encontraram a suspeita presente, porém, tiveram informações de que ela estaria em Samambaia, uma cidade administrativa do DF, no Monte de Oração. No local, o veículo da veterinária foi encontrado, contendo roupas, seringas e ampolas de medicação, além de um cachorro já sem vida, enrolado em um pano.
Apesar de ter sido intimada a prestar depoimento na delegacia, a veterinária não compareceu. Os animais resgatados foram encaminhados para um lar temporário, onde receberam os cuidados necessários para sua recuperação.
Esta não é a primeira vez que a mesma veterinária enfrenta acusações de maus-tratos contra animais. Há um ano, os investigadores da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) atuaram em uma clínica veterinária no Assentamento 26 de Setembro, onde encontraram diversos animais em condições deploráveis. Na época, a suspeita contestou as acusações, mas acabou autuada e multada pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Declaração
A veterinária, em resposta ao Metrópoles, negou ter abandonado os animais e alegou sentir-se perseguida pelos moradores do condomínio onde reside. Sobre o coelho, ela afirmou tê-lo encontrado já sem vida fora da gaiola, e explicou que, após limpar a casa, colocou o animal em um balde porque era onde estava o lixo, saindo então para rezar em luto.
Segundo a versão dela, a casa foi limpa e os animais alimentados no dia anterior ao arrombamento policial, contando ainda com alguém responsável pelos cuidados diários dos animais, que teria passado pela casa na manhã do incidente. Ela atribui a suposta perseguição aos vizinhos, especialmente aos do prédio atrás de sua residência, mencionando invasões de privacidade e vigilância como exemplos dessa hostilidade, e considera o arrombamento policial como um ato de perseguição injustificado.