A Polícia Civil do Rio de Janeiro revelou que as facções criminosas PCC e Comando Vermelho estão operando em conjunto, formando uma espécie de “joint venture” do crime. Segundo as investigações, a movimentação financeira dessas organizações chegou a incríveis R$6 bilhões. Esse colaboração inédita entre as duas maiores facções do Brasil levou a polícia a realizar 46 mandados de busca e apreensão em pessoas, empresas e bancos ilegais, tanto na capital fluminense quanto em cidades de São Paulo.

Os indícios levantados pelas autoridades apontam que fintechs foram criadas para conectar as duas facções, juntamente com empresas de fachada e bancos ilegais que operam à margem da fiscalização do Banco Central do Brasil. Esta é a primeira vez que fica exposta de forma clara e evidente a associação entre o PCC e o Comando Vermelho, revelando um volume financeiro significativo que não havia sido identificado anteriormente pelo Ministério Público dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

O dinheiro lavado pela “joint venture” formada pelo PCC e Comando Vermelho teria sido utilizado para financiar a ofensiva do grupo carioca contra as milícias que dominam vastas áreas na zona Oeste da capital fluminense. Entre os territórios de guerra mais emblemáticos estão o bairro de Gardênia Azul, Bangú e Jacarepaguá. Essa associação entre as facções criminosas representa um risco enorme para a segurança pública, uma vez que fortalece as atividades ilegais e violentas desses grupos.

A operação realizada pela polícia no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho e o PCC evidencia a gravidade da situação e a necessidade de medidas urgentes para combater essa aliança criminosa. As autoridades estão empenhadas em desmantelar essa “joint venture” do crime, a fim de enfraquecer a atuação das facções no cenário nacional. A cooperação entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo é fundamental para enfrentar esse desafio e garantir a segurança da população diante do avanço do crime organizado.