Polícia Rodoviária Federal divulga balanço de 2018 em Goiás

A Polícia Rodoviária Federal em Goiás encerrou o ano de 2018 registrando 746 acidentes a menos do que em 2017, quando ocorreram 3119 sinistros, contra 2373 no ano passado. Isso representa uma redução de 24% em relação ao ano anterior. O número de mortos nas rodovias federais em Goiás também caiu, de 217 para 190, uma diminuição de 12%, e a quantidade de pessoas feridas nos acidentes teve queda de 9%, caindo de 2927 feridos em 2017 para 2653 em 2018.

Segundo a PRF, pelos menos cerca de 3 mil quilômetros de rodovias federais que passam por Goiás e 303 mil veículos foram fiscalizados. 70 mil condutores foram submetidos ao teste de “bafômetro”, sendo que desses, 1.765 foram reprovados e autuados, e 241 também foram detidos e encaminhados para a polícia judiciária.

Mais de 195 mil notificações de multas foram emitidas pela PRF ao longo do ano passado, sendo que 8.500 foram flagrantes de ultrapassagens indevidas e 12.768 motoristas ou passageiros sem cinto de segurança. Os radares em rodovias goianas flagraram 152.431 veículos acima da velocidade permitida para a via.

Segundo a PRF, ao desenvolver projetos que levam o tema trânsito para escolas e ministrando palestras para motoristas em empresas e na própria rodovia, com o Cinema Rodoviário, em 2018, 78 mil pessoas foram sensibilizadas por meio desses projetos.

De acordo com a classe, no combate ao crime, 1.644 pessoas foram presas no ano passado por policiais rodoviários federais em Goiás. Mais de uma tonelada de maconha e um milhão de pacotes de cigarros contrabandeados foram apreendidos. Foram presos 123 foragidos da Justiça que transitavam pelas BRs e 244 veículos roubados foram recuperados.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp