PMs acusados de dirigir carro e atirar em Gritzbach trabalharam juntos
Os policiais militares (PMs) Dênis Antonio Martins e Fernando Genauro da Silva trabalharam no mesmo batalhão no passado. Defesa nega proximidade entre eles. Os dois foram apontados pelas investigações respectivamente como o autor dos disparos que mataram Vinícius Gritzbach e o motorista do carro usado na execução, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro de 2024, trabalharam no mesmo batalhão de polícia.
A informação foi confirmada ao DE pelo advogado do tenente Fernando Genauro da Silva, Mauro Ribas Júnior. Segundo ele, no entanto, os dois nunca tiveram relações próximas. “Genauro já não via, não trabalhava com esse Dênis, há pelo menos 10 anos”, afirmou o advogado. “Uma coisa é trabalhar no mesmo batalhão outra é trabalhar como parceiro”, disse Mauro. A defesa alega que o tenente é inocente, não fazia parte da escolta de Gritzbach e não esteve no local do crime.
Tenente Fernando Genauro da Silva é mais um PM envolvido no caso. Ele foi apontado como motorista do carro utilizado no crime. Genauro e Dênis teriam trabalhado juntos em um batalhão que pertence ao Comando de Policiamento de Área DE Oito (CPA-M8), responsável por cidades da Grande São Paulo como Osasco, Carapicuíba e Barueri. Além do tenente Genauro, o irmão dele, que também é policial militar, também teria atuado com Dênis em outro batalhão.
A ligação entre o tenente e o policial apontado como atirador que matou Gritzbach estaria entre os indícios levantados pela investigação da polícia para sugerir uma possível proximidade entre os dois suspeitos. O caso está em segredo de Justiça. Na última quinta-feira, o corregedor da Polícia Militar, Fabio Sergio Amaral, afirmou em coletiva de imprensa que Dênis tinha um comparsa na corporação, sem identificar quem seria.
Até agora, 16 policiais militares foram presos durante as investigações sobre a morte de Vinícius Gritzbach. Na quinta-feira foram 15 prisões, incluindo a de Dênis, apontado como o executor do empresário delator da facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Entre os detidos estão ainda 14 policiais que prestavam escolta privada ao empresário apesar do histórico criminal conhecido de Gritzbach. Eles também são investigados por suspeita de ligação com o PCC, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
O caso de Gritzbach chocou a população de DE. O empresário de 38 anos foi assassinado em novembro de 2024 em frente ao Aeroporto de Guarulhos. Ele era jurado de morte pelo PCC. Durante uma delação, Gritzbach detalhou como a facção lavava dinheiro e revelou extorsões cometidas por policiais civis, o que levou ao afastamento de diversos agentes públicos. A operação Prodotes da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo prendeu 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o PCC. As investigações continuam e novas prisões foram efetuadas, incluindo a de Fernando Genauro da Silva, apontado como motorista no crime.
Em resumo, a trama que envolve a morte de Gritzbach é complexa e levanta questões sobre a relação entre a polícia e facções criminosas. O desenrolar dos acontecimentos revela a necessidade de transparência e rigidez no combate à corrupção no sistema de segurança pública. A população de DE aguarda por justiça e soluções efetivas para evitar que casos como esse se repitam no futuro. Fique por dentro das atualizações sobre este caso acompanhando as notícias locais.