Policiais civis acusados de revender maconha são libertados pela Justiça: falta de provas leva à decisão de revogar prisão

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Os quatro policiais civis e o advogado acusados de revender maconha para traficantes foram libertados pela Justiça após a conclusão de que a investigação da Polícia Federal não conseguiu comprovar o crime. A decisão foi tomada pela 1ª Vara Criminal de Resende, que revogou a prisão preventiva dos réus, que estavam detidos desde outubro de 2023.

Juan Felipe Alves da Silva, Renan Macedo Guimarães, Alexandre Barbosa da Costa Amazonas e Eduardo Macedo de Carvalho, juntamente com o advogado Leonardo Sylvestre da Cruz Galvão, foram presos durante a Operação Drake, realizada pela Polícia Federal e Ministério Público do Rio de Janeiro. A investigação apontava que os agentes teriam interceptado um caminhão com 16 toneladas de maconha, vindas do Mato Grosso do Sul, e teriam negociado a carga com traficantes de Manguinhos.

No entanto, a Justiça considerou que a prova apresentada pela PF não foi suficiente para comprovar o envolvimento dos réus no crime de tráfico de drogas. O Superior Tribunal de Justiça concedeu um habeas corpus a um dos acusados, estendendo a decisão aos demais. Com isso, os policiais e o advogado foram libertados, mas ainda responderão por corrupção passiva.

A apreensão do caminhão com a carga de maconha aconteceu durante uma abordagem na Rodovia Presidente Dutra, na divisa entre São Paulo e Rio de Janeiro. As viaturas dos policiais civis teriam solicitado propina ao motorista para liberar a carga e, posteriormente, escoltado o veículo até a favela de Manguinhos, onde a droga teria sido revendida para traficantes do Comando Vermelho.

Apesar de não haver provas suficientes para sustentar a acusação de tráfico de drogas, os réus ainda enfrentarão o processo por corrupção passiva. A decisão da Justiça em revogar a prisão preventiva dos policiais e do advogado levanta questionamentos sobre a condução das investigações e a apresentação de provas consistentes para embasar as acusações.

A liberdade concedida aos acusados após meses de prisão destaca a importância da atuação do Poder Judiciário na garantia dos direitos individuais e na análise criteriosa das provas apresentadas em processos criminais. Para a defesa dos réus, a decisão representa um passo em direção à comprovação da inocência dos acusados, enquanto para a sociedade, levanta questões sobre a transparência e eficácia das investigações policiais.

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