Policiais civis e empresário presos em operação por vazamento de informações sigilosas: entenda o caso da Operação Augusta

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Dois policiais civis e um empresário são presos em uma operação conjunta realizada pela Polícia Federal (PF) e Ministério Público paulista nesta quarta-feira (25), suspeitos de participação em um esquema criminoso de vazamento de informações sigilosas dentro da Polícia de São Paulo. As investigações apontam que os envolvidos atuavam ilegalmente para beneficiar pessoas investigadas em inquéritos criminais, mediante o pagamento de propina.

Durante a operação, a PF encontrou dinheiro, armas e até mesmo um helicóptero na residência dos agentes e policiais detidos, que foi apreendido por determinação judicial. Além dos três mandados de prisão preventiva, a ‘Operação Augusta’ também cumpre nove mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos investigados.

Essa ação é um desdobramento da Operação Tacitus, que resultou na detenção de cinco policiais, um advogado e um empresário anteriormente, os quais foram delatados por Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O policial civil Marcelo Marques de Souza, conhecido como Bombom, que já havia sido preso na operação anterior, também é alvo desta nova investida.

Dentre os crimes apurados estão o arquivamento irregular de procedimentos policiais, o vazamento de informações protegidas por sigilo e a apresentação de documentos falsos para a restituição de bens apreendidos. Os agentes públicos estão sendo acusados de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa, conforme informou a PF.

A Operação Augusta conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público de São Paulo, da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil do estado. Entre os episódios investigados está a tentativa de restituição de um helicóptero, fato que deu origem ao nome da operação, cujos bens e recursos bloqueados somam cerca de R$ 12 milhões.

Os crimes apurados pela PF durante a Operação Augusta incluem corrupção passiva e ativa majoradas, violação de sigilo funcional com dano à administração pública, quebra de sigilo de informações protegidas por lei e advocacia administrativa. As investigações estão em andamento sob sigilo, enquanto as autoridades continuam a apurar o envolvimento dos investigados nessas práticas ilícitas.

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