Policiais civis ‘interditam’ sede da corporação no RS em protesto por melhores
condições de trabalho
Entre os problemas apontados estão mofo, falta de elevador, ausência de plano de
prevenção contra incêndio e salas apertadas. Chefia deixou de trabalhar no local
por causa da estrutura precária.
1 de 1 Faixas nas cores amarela e preta, semelhantes às usadas em locais de
crime, foram espalhadas pelo Palácio da Polícia, em Porto Alegre — Foto:
Reprodução/RBS TV
Faixas nas cores amarela e preta, semelhantes às usadas em locais de crime,
foram espalhadas pelo Palácio da Polícia, em Porto Alegre — Foto: Reprodução/RBS
TV
Policiais civis cercaram com faixas e fitas o Palácio da Polícia, em Porto
Alegre, em um protesto simbólico nesta terça-feira (21) para denunciar as
condições estruturais do prédio, que concentra delegacias e parte da
administração da corporação.
O ato foi organizado pelo Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Sul
(Ugeirm). Cartazes foram colados e faixas nas cores amarela e preta, semelhantes
às usadas em locais de crime, foram espalhadas pelo edifício. Os servidores
também colocaram uma fita de interdição para chamar atenção das autoridades.
Entre os problemas apontados estão mofo, falta de elevadores, ausência de plano
de prevenção contra incêndio e salas apertadas. A chefia da Polícia Civil deixou de trabalhar no local por causa da estrutura
precária.
A precariedade das instalações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul tem
afetado diretamente o trabalho de agentes em Porto Alegre. Delegacias com
infiltrações, salas interditadas e até departamentos sem sede revelam a
realidade enfrentada pelos profissionais da segurança pública.
O Ministério Público abriu um inquérito civil para apurar as condições do prédio
e a falta de plano de prevenção contra incêndio. Apesar da interdição simbólica,
os serviços da Polícia Civil seguem funcionando no Palácio.
“O Palácio da Polícia é um símbolo, mas temos unidades em Caxias do Sul, Santa
Maria e Viamão passando pelo mesmo processo. Isso causa problemas sérios para a
saúde dos trabalhadores e no atendimento à população”, afirma Fábio Castro,
vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do RS.
Segundo Castro, há risco de acidentes, como choques elétricos em dias de chuva,
e prejuízos às investigações. “Contamos com o empenho do Ministério Público para
cobrar do governo uma solução permanente”, afirmou.
O prédio está em obras e há uma placa na fachada indicando investimento de
aproximadamente R$ 2,3 milhões. A chefia da Polícia no RS informou que não vai
comentar o protesto. A reportagem também procurou o governo do Rio Grande do
Sul, que ainda não se manifestou.




