A condenação de dois policiais por formação de milícia no Brás, em São Paulo, foi decidida pela Justiça Militar de São Paulo. O cabo José Renato Silva de Oliveira recebeu uma sentença de 6 anos, 2 meses e 12 dias de prisão em regime semiaberto, enquanto a sargento Lúcia Ferreira de Oliveira foi condenada a 3 anos, 7 meses e 6 dias de prisão em regime aberto. Ambos foram considerados culpados pelo crime de constituição de milícia privada, em ações ocorridas no centro da capital paulista.
No entanto, o processo de dois outros militares envolvidos gerou divergências entre os juízes. Enquanto dois votaram pela condenação do 1° sargento Wellington Stefani e do 2° sargento Humberto de Almeida Batista, dois declinaram da competência e um optou pela absolvição. Diante disso, o caso desses dois policiais será encaminhado para a Justiça comum, pois a maioria do Conselho Permanente de Justiça considerou que os crimes cometidos por eles ocorreram fora do exercício da função.
Na audiência realizada na última sexta-feira (16), também foi divulgado um vídeo chocante que evidencia a violência associada à milícia no Brás. Nele, uma mulher é assassinada a tiros por um homem depois de denunciar a presença desses grupos no local. Essas ações criminosas têm gerado grande repercussão e levado movimentos a denunciar o governo de São Paulo à OEA por conta da morte de um senegalês no Brás.
A presença de policiais militares em milícias é um cenário preocupante e que requer medidas rigorosas por parte das autoridades para coibir essas práticas ilegais. É fundamental que haja um combate efetivo a essas organizações criminosas e que a justiça seja feita para as vítimas dessas ações violentas. A condenação dos policiais envolvidos demonstra um avanço na luta contra a formação de milícias e sua atuação criminosa no Brasil.