Última atualização 15/10/2022 | 09:58
Os policiais rodoviários federais envolvidos na ação que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, em maio deste ano, foram presos nesta sexta-feira, 14. William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento deram entrada no Presídio Militar do Estado de Sergipe no final da tarde.
Na segunda-feira, 10, o Ministério Público Federal de Sergipe denunciou os três acusados com base no inquérito da PF, que indiciou os agentes por abuso de autoridade e homicídio qualificado (com asfixia e sem possibilidade de defesa). No documento, o MPF também pede que o caso tramite sem sigilo.
A prisão preventiva dos três polícias foi decretada pela Justiça Federal do estado na última segunda-feira, 13. O juiz Rafael Soares proferiu a decisão após representação do órgão.
Os acusados passaram por exame de corpo de delito e audiência de custódia e, de lá, foram transferidos para a unidade prisional.
Caso Genivaldo
Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio deste ano. A vítima foi trancada no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e submetida à inalação de gás lacrimogêneo, em uma forma de câmara de gás.
A certidão de óbito entregue pelo Instituto Médico Legal (IML) à família de Genivaldo apontou que a morte ocorreu devido a asfixia e insuficiência respiratória. De acordo com o boletim de ocorrência, registrado pelos policiais após a abordagem, o homem foi abordado por estar conduzindo uma motocicleta sem a utilização de capacete.
Os agentes envolvidos na ação confirmaram a utilização de spray de pimenta e gás lacrimogêneo e declaram a morte do homem como ”uma fatalidade, desvinculada da ação policial legítima’’.