Policiais envolvidos em morte de carroceiro em SP são afastados de atividades

Cinco policiais militares que participaram do assassinato do carroceiro Ricardo Silva Nascimento, de 39 anos, na noite de ontem (12), foram afastados hoje de suas atividades nas ruas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), dois policiais que faziam o policiamento ostensivo a pé no local do crime e três agentes da Força Tática que prestaram apoio foram recolhidos ao serviço administrativo.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o carroceiro foi morto por um dos policiais militares que fazia o patrulhamento a pé na noite de ontem, no bairro de Pinheiros, zona oeste da capital paulista. Segundo o boletim de ocorrência, o policial José Marques Madalhano atirou duas vezes em Ricardo após ser ameaçado pelo carroceiro com um pedaço de pau. De acordo com o registro, o militar atirou “para se defender”. Segundo testemunhas, a ação do carroceiro não representou ameça à vida do policial.

O 23º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (3º BPM/M) instaurou inquérito para investigar as circunstâncias da morte do carroceiro. O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil também instaurou inquérito e, segundo a SSP, ouviu testemunhas e encaminhou a arma do PM envolvido na ocorrência para perícia. A polícia deverá ainda analisar imagens de câmeras da segurança da região.

O corpo de Ricardo Silva Nascimento foi necropsiado no Instituto Médico Legal (IML) central e liberado para a família.

Fonte: Agência Brasil

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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