Policiais envolvidos na morte de Kathlen são afastados

Os 12 policiais militares que participaram da ação que resultou na morte da jovem Kathlen Romeu, na última terça-feira (8), foram afastados do serviço nas ruas.

A jovem, que estava grávida, foi baleada em uma das vias de acesso ao Complexo do Lins, na zona norte do Rio de Janeiro. A família acusa os policiais de terem disparado o tiro que matou Kathlen, enquanto os agentes dizem que foram atacados a tiros por criminosos.

A ação está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital, da Polícia Civil, pela Coordenadoria de Polícia Pacificadora, da Polícia Militar, e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Na manhã desta sexta-feira (11), familiares de Kathlen foram à Polícia Civil prestar depoimento. A delegacia também está ouvindo os policiais envolvidos no caso.

Segundo o portal G1, o cabo Marcos Felipe da Silva Salviano disse à Polícia Civil que disparou cinco vezes de fuzil, e seu colega cabo Rodrigo Correia de Frias, duas vezes. Ele afirmou que outras equipes da UPP também participaram da ação, mas não soube informar se outros policiais também dispararam.

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) concluiu que Kathlen foi atingida por apenas um tiro de fuzil, que transfixou seu tórax.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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