Polícia Federal faz mobilização em todo o Brasil nesta quinta-feira, 26

Polícia Federal faz mobilização em todo o Brasil nesta quinta-feira, 26

Nesta quinta-feira, 26, policiais federais de todo o Brasil fazem uma mobilização para reivindicar a reestruturação salarial da categoria nas sedes das unidades da Polícia Federal (PF) nos 26 estados e na Sede da PF no Distrito Federal.

O Diário do Estado (DE) apurou que, em Goiás, a mobilização é organizada pelo Sindicato dos Servidores da PF em Goiás (Sinpf/GO) em frente à Superintendência Regional da PF, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapf), Marcos Firme, a proposta de reestruturação apresentada foi pactuada entre as entidades representativas dos policiais e servidores administrativos da Polícia Federal com a Direção-Geral no início do ano.

“A PF encaminhou a proposta ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi chancelada e enviada para o Ministério da Gestão e da Inovação nos Serviços Públicos. Nós, da Fenapef, estamos defendendo uma proposta que é do governo. É hora do governo nos apresentar a solução orçamentária para implementá-la”, afirma.

Os policiais federais também se mobilizam em protesto contra o aumento da demanda das atividades no órgão, especialmente com o lançamento do Programa de Ação na Segurança (PAS) que, entre suas alterações, transferiu para a Polícia Federal a fiscalização de armas de fogo que antes era do Exército.

No estado de Goiás, o Sinpf/GO tem reivindicações específicas, exigindo atitudes em relação à escalada da violência e do crime organizado no País como um plano efetivo de combate à criminalidade e ao crime organizado. “Em 10 meses de mandato, o Governo Federal não mostrou projeto ou plano eficaz que coíba a criminalidade crescente que vem assolando a sociedade, fazendo com que o crime organizado e facções criminosas se sintam em uma zona de conforto para continuarem a delinquir de forma constante e violenta”, afirma o Presidente do Sinpf/GO.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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