Policiais militares são condenados a 7 anos de prisão em região semiaberto por
matar três jovens em Goiânia
Juiz determinou cumprimento de pena de sete anos de reclusão, em regime
inicialmente semiaberto. PMs irão cumprir medida em presídio militar.
Os policiais militares George Gomes de Souza, Pablo Andrade Corrêa, Paulo
Henrique Borges, Ricardo Martins Vinhadelli e Willian Kennedy Palmieri Capucho
Leão foram condenados na noite de quarta-feira (24) pela morte de três
adolescentes em Goiânia. Eles receberam pena de sete anos, em regime inicialmente semiaberto, e vão ficar
em liberdade até não caber mais recursos.
Pedro Henrique Souza Santos, Walisson Barros dos Santos e Maycon Ferreira
Conceição da Silva foram assassinados em uma casa do Setor Jardim das Aroeiras.
O crime aconteceu em 2019.
O júri popular durou cerca de 12 horas. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara,
que presidiu a sessão, considerou que os crimes foram praticados mediante
pluralidade de ações para aplicar a pena.
DE [https://g1.globo.com/go/goias/ultimas-noticias/]entrou em contato com o
advogado dos réus, mas não obteve retorno até a última atualização desta
reportagem.
RELEMBRE O CASO
Segundo o inquérito policial, os policiais militares faziam parte do Grupamento
de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO) à época do crime. Na data do fato, se
dirigiram à casa de Maycon, onde ocorreram os homicídios, para verificar se um
veículo Voyage, de cor preta, utilizado em roubos na região, estava no local. Os
policiais arrobaram o portão para entrar na casa e atiraram em Pedro Henrique,
que morreu na hora.
De acordo com o processo, ao tentarem fugir, Walisson e Maycon também foram
mortos a tiros pelos policiais. O primeiro foi atingido por três disparos,
enquanto o segundo, por nove.
Ficou comprovado no laudo que o carro que supostamente teria sido utilizado na
prática criminosa não possuía impressões digitais compatíveis com nenhuma das
vítimas.
Os policiais militares foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio.
Na sequência, os acusados foram absolvidos pela 3ª Vara dos Crimes Dolosos
Contra a Vida, mas o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acolheu recurso de
apelação do Ministério Público e encaminhou os réus a júri popular.