Policial civil é preso por liderar milícia e proteger criminosos na Zona da Mata

Policial civil é preso por liderar milícia e proteger criminosos

O policial se valia da estrutura material e de pessoal da polícia mineira para
prestar segurança privada na região da Zona da Mata

O Ministério Público de Minas Gerais [https://www.mpmg.mp.br/portal/], em
atuação integrada com a Corregedoria da Polícia Civil, deflagrou, na manhã desta
quinta-feira (28/11), a Operação Segurança Máxima III, contra um grupo de
pessoas, incluindo policiais, suspeito de atuar como milícia na região da Zona
da Mata. Um policial civil, apontado como líder do grupo, foi preso
preventivamente durante a operação.

Segundo as investigações, que estão em andamento, um policial civil lotado na
Delegacia Regional de Ubá (MG), em conluio com outras pessoas, se valia da
estrutura material e de pessoal da polícia mineira para prestar essa segurança
privada ilegal.

As apurações indicam ainda que o principal investigado contava com o auxílio de
um grupo de policiais. A identidade dos agentes não foi divulgada.

A equipe de agentes públicos recrutada também ficava responsável pelas escoltas
armadas de particulares na cidade de Ubá, especialmente de empresas, mediante o
recebimento de valores. Eles também atuariam para proteger criminosos.

Segundo o Gaeco, foram encontradas provas documentais contendo planilhas de
pagamento, escalas, movimentações bancárias e planejamento que envolviam a
participação de servidores públicos na prestação ilegal de segurança privada.

Por conta da atividade desenvolvida, o MP descobriu que os investigados
adquiriram patrimônio luxuoso, inclusive um avião e carros importados,
apreendidos nas fases anteriores da operação.

Os investigados poderão pela prática de corrupção, peculato, lavagem de
dinheiro, constituição de milícia privada, falsidade ideológica, organização
criminosa e crimes tributários.

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Angus, o bebê com doença ultrarrara e convulsões graves: um caso único

Bebê que tinha convulsões graves é diagnosticado com doença ultrarrara

Vítima de uma doença rara, a alteração no gene Creld1, o pequeno Angus desenvolveu sintomas repentinamente e chegou a ser colocado em coma. A família do pequeno Angus Powell, de 3 anos, viveu os últimos dois anos indo a diferentes médicos em busca de um diagnóstico que justificasse por que o menino tinha convulsões constantes. A resposta foi uma doença tão rara que os médicos acreditam que existem menos de 30 casos no Reino Unido.

Angus não apresentou nenhum problema de saúde em seus primeiros seis meses de vida. Um dia, porém, o bebê acordou indisposto e teve uma convulsão que durou sete minutos. O choque dos pais acabou se transformando em rotina conforme as convulsões se tornavam mais frequentes e mais duradouras. Quando Angus ficou gripado em dezembro do ano passado, teve uma convulsão que durou mais de três horas. Os médicos precisaram colocá-lo em coma induzido para proteger seu cérebro.

Em entrevista anterior ao DE, o neurologista Guilherme Torezani, coordenador de doenças cerebrovasculares do Hospital Icaraí, do Rio de Janeiro, explicou os riscos de ter convulsões tão frequentes. “A convulsão surge quando os neurônios sofrem descargas elétricas intensas de estímulos que se espalham pelo cérebro, fazendo a pessoa perder a consciência. Quanto mais elas duram e mais frequentes são, maior o comprometimento do cérebro e alguns episódios podem até ser mortais”, explica.

Foi só no começo deste ano que um teste genético apontou uma doença no gene Creld1. A condição é resultado de um único gene alterado que leva a uma série de problemas do desenvolvimento cardíaco, cerebral e imunológico do paciente. Crianças com alterações no Creld1 possuem problemas cardíacos, perda auditiva dos dois ouvidos, desenvolvimento ocular prejudicado, condições neurológicas variadas e a manifestação de convulsões graves. As complicações são tantas que raramente crianças com a doença conseguem chegar aos 10 anos de idade.

A alteração no gene é incomum pois depende que os dois pais possuam a mutação rara e a transmitam para os filhos. Angus é o primeiro filho do casal e eles tiveram uma outra menina, agora com 1 ano, mas os exames genéticos apontam que ela não tem a alteração do Creld1. Para arrecadar mais dinheiro para a pesquisa, o pai de Angus, Oliver Powell, decidiu correr por sete dias o equivalente a uma maratona (42 km) no Reino Unido, um esforço que começou na segunda (9/12) e deve ir até amanhã (15/12).

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