Um ex-policial militar, condenado por matar um adolescente em uma ação policial na casa da família, foi descoberto ganhando um salário mensal de 28 mil dólares nos Estados Unidos. Paulo Antônio de Souza Júnior foi sentenciado a 21 anos e 4 meses de prisão e estava foragido desde outubro de 2023. Ele foi preso e enviado de volta ao Brasil, após ser localizado nos EUA, em julho. Durante uma audiência, ele revelou que trabalhava como caminhoneiro para receber tal montante mensalmente.
O ex-policial militar, Paulo de Souza, relatou que vivia com sua família em uma casa alugada nos Estados Unidos. Após sua prisão em solo americano, ele foi transportado de volta ao Brasil, desembarcando no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na última sexta-feira (22). Expulso da Polícia Militar de Goiás após sua condenação por homicídio e fuga de um presídio, Paulo Antônio de Souza Júnior está aguardando cumprir sua sentença no batalhão da Polícia Militar.
O advogado de defesa de Souza Júnior, Paulo Roberto Borges, contestou a sentença do ex-policial, argumentando que a punição foi excessiva e as provas apresentadas durante o julgamento eram insuficientes. Ele solicitou uma revisão criminal no processo de condenação. Durante o júri popular em junho de 2023, Paulo Antônio de Souza Júnior foi condenado a mais de 20 anos de prisão, assim como outros envolvidos no caso.
O crime ocorreu em 2017, em Goiânia, quando três policiais militares à paisana visitaram a residência do pai da vítima Robertinho. Após um incidente envolvendo um disparo de arma de fogo por parte do pai da vítima, Robertinho acabou sendo atingido por diversos tiros, resultando em sua morte. Os policiais alegaram legítima defesa, mas a investigação apontou o contrário. Roberto, o pai do adolescente, também foi ferido e ainda sofre com os projéteis alojados em seu corpo.
Após os acontecimentos trágicos, os réus foram detidos, porém, libertados quase três meses depois. Paulo Antônio de Souza Júnior foi capturado em 2024 por uma agência de imigração nos EUA devido à sua condição de foragido. Agora, o ex-policial aguarda cumprir sua pena no batalhão da Polícia Militar em Goiás, uma vez que foi expulso da corporação. O advogado de defesa reiterou que Paulo sempre trabalhou em prol da sociedade e ressaltou que a condenação foi injusta.