Policial mata cachorro pitbull em abordagem: família denuncia abuso de autoridade

Policial mata cão pit bull durante abordagem em Fortaleza

DE, Polícia Militar diz que animal avançou contra agentes de segurança; tutores do cachorro negam versão.

Policial mata cachorro durante abordagem em Fortaleza

Um incidente ocorrido no bairro Montese, em Fortaleza, resultou na morte de um cachorro da raça pitbull, chamado Bolt, por disparos efetuados por um policial militar. A ação aconteceu em 14 de e foi denunciada como abuso de autoridade por parte dos policiais envolvidos.

De acordo com a Polícia Militar, os disparos foram realizados como uma medida de segurança, após o animal supostamente avançar sobre os agentes. Contudo, a versão apresentada pela tutora de Bolt contradiz o relato oficial. Segundo ela, o animal não demonstrou qualquer intenção de atacar, e o policial atirou imediatamente ao avistar o cachorro.

Ela também relatou que um dos tiros por pouco não a atingiu e afirmou que seus filhos, que estavam presentes durante a abordagem, ficaram traumatizados com a cena.

A família, composta por um casal e crianças, estava na residência no momento em que os policiais chegaram para atender a uma denúncia de tráfico de drogas no local. Segundo os denunciantes, o homem do casal possui um antecedente por tráfico de drogas em 2015, mas alega não ter mais envolvimento com atividades criminosas.

Durante a abordagem, o cachorro foi atingido por pelo menos quatro disparos em regiões vitais, morrendo no local. O casal registrou boletim de ocorrência no 25º Distrito Policial, classificando o ato como abuso de autoridade. Eles também alegam ter sido ameaçados pelos policiais no momento do ocorrido, que teriam advertido sobre consequências caso a denúncia fosse adiante.

Desde o registro da ocorrência, a tutora relata que uma viatura tem circulado pelas proximidades da casa todas as noites, em uma possível tentativa de intimidação.

REPERCUSSÃO E INVESTIGAÇÃO

Entidades de proteção animal, como a Sociedade Protetora Ambiental do Ceará e a ONG Anjos da Proteção Animal, emitiram notas de repúdio ao ocorrido. Ambas destacaram a gravidade do caso e afirmaram que estão acompanhando os desdobramentos legais.

Em resposta, a Polícia Militar declarou que uma investigação preliminar foi aberta para apurar a conduta dos agentes. Além disso, a Controladoria Geral de Disciplina confirmou que o caso também está sendo analisado em âmbito administrativo.

A situação evidencia uma divisão entre as versões apresentadas pelos envolvidos. Enquanto a família acusa os policiais de agirem com truculência e desrespeito, a corporação sustenta que a ação foi necessária para garantir a segurança de todos os presentes.

O caso segue em investigação e promete novos desdobramentos nos próximos dias.

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