O julgamento do policial militar reformado e ex-vereador de Muriaé, Joel Morais Asevedo, que é acusado de matar a esposa, Priscila Silva Dala Paula, teve seu adiamento anunciado após a advogada de defesa do réu apresentar um atestado médico que a impossibilitou de comparecer à sessão marcada para esta quinta-feira (10). Diante disso, um novo júri popular foi agendado para o dia 21 de agosto. A notícia do adiamento surpreendeu as partes envolvidas, gerando frustração e revolta, especialmente por parte da família da vítima, que demonstrava grande expectativa em relação ao desfecho do caso.
Joel Morais de Azevedo Júnior confessou o crime em questão no dia 8 de dezembro de 2021, entregando-se à polícia e admitindo ter utilizado uma pistola que possuía, devido ao seu porte de arma de fogo como sargento da reserva. Desde então, ele permanece detido no Presídio Professor Jacy de Assis, localizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Além da acusação de assassinato de sua esposa, o réu também enfrenta outra condenação de 25 anos e sete dias de prisão, em regime inicial fechado, por peculato e lavagem de dinheiro, resultante da Operação ‘Catarse’.
A trajetória política de Joel Morais incluiu vários mandatos como vereador em Muriaé, sendo eleito o parlamentar mais votado do município em diversas ocasiões. Contudo, em 2020, não obteve sucesso em sua candidatura à reeleição. Antes do trágico episódio que culminou no assassinato de sua esposa, o ex-vereador ocupou a presidência da Câmara Municipal de Muriaé e também esteve à frente da Associação de Moradores de alguns bairros da cidade.
Por meio de nota oficial, a defesa de Joel Morais lamentou o adiamento do julgamento devido a motivos de saúde da advogada e reforçou seu compromisso com a legalidade e a ética profissional. A situação gerou transtornos para todas as partes envolvidas, incluindo os familiares das vítimas, o Ministério Público e o Poder Judiciário. O caso segue em andamento, com a promessa de esclarecimentos adicionais por parte da defesa do réu. Diante de toda a complexidade do processo, o desfecho deste caso trágico ainda está por vir.
