Policial militar é investigado por agressão a jovem em Sobral, Ceará

Policial filmado agredindo jovem em Sobral é investigado por abuso de autoridade

Agente que agrediu a vítima foi afastado das funções pela Polícia Militar. Nesta quarta-feira, uma câmera flagrou o agente dando socos no jovem já rendido na frente de familiares.

Jovem é agredido por policial militar durante abordagem em Sobral, no Ceará.

O policial militar Daniel Monteiro Batista, que agrediu um jovem em uma abordagem em Sobral, é investigado em inquéritos por dois casos de abuso de autoridade. Ele foi filmado (veja no vídeo acima) agredindo o rapaz de 18 anos, nesta quarta-feira (4).

Gabriel foi abordado, rendido e agredido na frente da mãe e do padrasto. Uma câmera de segurança gravou o momento em que quatro policiais (três homens e uma mulher) passam em frente ao comércio da família da vítima.

Ao perceber a presença dos agentes, o rapaz xingou a equipe. Logo em seguida, um dos militares, Daniel Monteiro Batista, rendeu o jovem e o agrediu com vários socos.

Além da agressão contra o jovem, o vídeo mostrou a mãe questionando a ação do policial e o padrasto filmando com o celular. Um policial o forçou a parar a filmagem.

A Polícia Militar informou que instaurou um procedimento para apurar o fato e afastou o policial agressor das funções operacionais. “A Corporação não compactua com nenhum desvio de conduta de seus integrantes, bem como, preza, incansavelmente, pela dignidade da pessoa humana e o respeito a todos, especialmente quando da realização de suas ações”, disse a PM.

VEJA O QUE TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO CEARÁ DISSE SOBRE CADA UM DOS PROCESSOS:

🗃️ Abuso de autoridade em Fortaleza, em junho de 2023: Os autos também tratam-se de inquérito policial, de responsabilidade da polícia. De acordo com as últimas movimentações, em 8 de outubro deste ano, o Poder Judiciário abriu vistas ao Ministério Público para ciência e manifestação.

🗃️ Abuso de autoridade em Fortaleza, em outubro de 2023: Os autos estão em fase de inquérito policial, que é de responsabilidade da polícia. Nessa fase, os autos são remetidos ao Poder Judiciário para eventuais necessidades de expedição de alguma ordem ou procedimentos judiciais. Conforme pesquisa, entre as últimas movimentações, os autos foram remetidos ao Comando-Geral da PMCE para a realização de diligências. No último dia 28 de agosto, a Justiça determinou que os autos retornem ao Ministério Público para a devida ciência e manifestação da instituição.

CELULAR QUEBRADO

Mãe afirma que o filho teve o celular quebrado por agente momentos antes de ser agredido pelo PM, em Sobral. — Foto: Arquivo pessoal

Gabriel teve o aparelho celular quebrado por um dos agentes momentos antes da agressão, segundo a mãe da vítima. “Eles [policiais] abordaram meu filho, viram que ele não estava com nada, aí perguntaram de onde ele vinha. Ele falou que vinha de uma entrega de amaciante e sabão. Os policiais pediram para ele desbloquear o celular, aí ele disse que não ia desbloquear porque todo dia era abordado e tinha o celular desbloqueado. Aí no momento de ódio do policial, não sei, ele [militar] pegou o telefone do meu filho, jogou na parede e não satisfeito arremessou no segundo andar de uma casa,” disse Franciele Santos Cunha.

Conforme Franciele, quando o adolescente o filho respondeu a atos infracionais por porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal. Porém, depois dessas ocorrências, ele não se envolveu em outros delitos e trabalhava como entregador no comércio da família. “Por isso ele teve aquela reação. Não estou defendendo ele, porque se ele errou, se ele desacatou a autoridade, a possibilidade do policial era ter feito o quê? Algemado ele e levado para a delegacia, porque lá ele ia responder por desacato e eu ia levar a prova do que eles fizeram com o celular dele”, afirmou a mãe. A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que investiga a ocorrência no âmbito administrativo.

Policial militar agride homem durante abordagem em Sobral, no Ceará. — Foto: Reprodução

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Bombeira civil é encontrada morta em Fortaleza: ex-namorado é o principal suspeito em caso de feminicídio. A importância do combate à violência contra a mulher.

Uma triste notícia abalou a cidade de Fortaleza, no Ceará, nesta última quinta-feira (12). A bombeira civil Aparecida dos Santos Silva, de apenas 25 anos e conhecida como Dheyna, foi encontrada sem vida dentro de sua própria casa, localizada na Rua Castro de Alencar, no Bairro Tancredo Neves. Segundo informações preliminares, o principal suspeito do crime é o ex-namorado da jovem, com quem ela havia terminado há cerca de 20 dias.

O relacionamento entre Dheyna e o suspeito durou cinco meses, porém chegou ao fim após a descoberta de uma suposta traição por parte do homem. Mesmo após o término, a jovem foi perseguida pelo ex-namorado, que não aceitava o fim da relação. Na véspera do crime, o suspeito enviou mais de 89 áudios para o celular da vítima e até mesmo foi até a residência dela, batendo insistentemente no portão, em uma clara demonstração de comportamento obsessivo.

A perícia forense, realizada pelo Pefoce, será fundamental para determinar a causa da morte de Dheyna. Enquanto aguarda-se por mais informações, a investigação sobre o caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A população de Fortaleza está chocada com a trágica perda da jovem bombeira civil, que tinha toda uma vida pela frente e que teve seu destino interrompido de forma violenta.

É importante destacar a gravidade e a urgência no combate à violência contra a mulher, que infelizmente ainda é uma realidade em nossa sociedade. O caso de Dheyna é mais um triste exemplo de como relacionamentos abusivos podem terminar de forma trágica. É fundamental que denúncias sejam feitas e que medidas de proteção sejam tomadas para evitar que mais vidas sejam perdidas de forma prematura.

A repercussão do caso de Dheyna serve como alerta para a importância do diálogo sobre relacionamentos saudáveis e do apoio às vítimas de violência doméstica. A família e amigos da jovem prestam homenagens e buscam por justiça, enquanto a sociedade clama por medidas efetivas de proteção e prevenção. Que a tragédia vivida por Dheyna possa servir de exemplo e incentivo para a luta contra a violência de gênero em todas as suas formas.

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