Policial militar é preso por envolvimento na morte do delator do PCC no aeroporto: 16 PMs detidos

Mais um PM é preso suspeito de envolvimento na morte do delator do PCC executado no aeroporto

Com a prisão, sobe para 16 o número de policiais presos por suspeita de envolvimento no caso.

O cabo da Polícia Militar Denis Antonio Martins, acusado de ser o atirador que executou o delator da facção criminosa PCC, Vinicius Gritzbach. — Foto: Montagem/g1/Reprodução/TV Globo

A Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Polícia Civil prenderam neste sábado (18) mais um policial militar suspeito de envolvimento no assassinato do empresário Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ao todo, são 16 PMs presos.

O policial é um tenente e iria ser levado para a Corregedoria e, depois, encaminhado ao Presídio Romão Gomes.

Executado no Aeroporto Internacional de São Paulo no ano passado, Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção. A prisão dos outros 15 PMs aconteceu em uma operação na quinta-feira (16).

Veja abaixo o que se sabe sobre a investigação:

1. Como e quando as investigações começaram?
2. Quais elementos levaram à prisão dos PMs?
3. Qual a tecnologia de rastreamento usada pela polícia?
4. Quem são os policiais presos?
5. Quem é o mandante do assassinato?
6. Como o delator foi morto?

A investigação que culminou na prisão dos 15 policiais começou após uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre o vazamento de informações sigilosas da polícia que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso.

Os policiais foram identificados e presos pela Corregedoria por meio da quebra de sigilo telefônico, da utilização das estações rádio-base (equipamentos que fazem a conexão entre celulares e companhias telefônicas), do sistema de reconhecimento facial e de outras ferramentas de inteligência.

O cabo Denis Martins foi identificado após um procedimento que detectou o sinal de seu celular. Primeiramente, a polícia quebrou o sigilo telefônico do suspeito para rastrear seus movimentos e as mensagens trocadas. A localização do suspeito foi identificada por sinais de telefonia. O sinal do celular indicou, então, que ele estava na cena do crime no momento da execução.

Quinze policiais militares foram presos temporariamente por 30 dias pela Corregedoria. Eles foram encaminhados ao Presídio Romão Gomes. Um dos alvos da operação é o cabo Denis Antonio Martins, de 40 anos, acusado de ser o atirador que executou o delator do PCC. A identificação dele foi feita por uma tatuagem no braço, segundo a investigação.

Diretora do Departamento de Homicídios de Proteção e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Ivalda Aleixo afirmou que o assassinato de Gritzbach foi encomendado por um integrante do PCC. Mas ainda não se sabe a identidade do autor.

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