Policial militar é preso por suspeita de ocultação de cadáver: caso choca população

Um policial militar foi preso por suspeita de ocultação de cadáver em um caso chocante que chocou a população. Douglas Faria da Silva, junto com outro homem, Elenício Gomes da Silva, são acusados de participação na morte e ocultação do corpo de Eliezer dos Santos em dezembro passado.

Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) foram responsáveis pela prisão de Douglas e Elenício nesta terça-feira (10). As investigações feitas pelos delegados Bruno Schaeppi e Danielle Peres Lopes Costa revelaram que os três homens tinham uma relação prévia. Eliezer e Elenício eram amigos há 15 anos e trabalhavam juntos, tendo sido contratados por Douglas para realizar uma obra em sua residência.

No dia do crime, os três estavam consumindo bebidas alcóolicas juntos, quando Elenício disparou contra Eliezer, resultando na morte deste no local. A DHNSG continua investigando para descobrir a razão por trás do disparo, no entanto, já concluiu que Douglas e Elenício tentaram ocultar o crime.

De acordo com as investigações, Douglas instruiu Elenício a transportar o corpo até a restinga de Maricá, incendiando o veículo para esconder as evidências do crime. A polícia foi acionada para investigar um corpo carbonizado em Maricá e, após uma abordagem no local, os suspeitos foram presos em flagrante por ocultação de cadáver.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro emitiu um mandado de prisão por homicídio contra a dupla, que será encaminhada ao sistema prisional do estado para aguardar o julgamento do caso. Esse incidente serve como alerta para a importância da investigação e solução rápida de casos criminais, garantindo a justiça e a segurança da população.

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Ex-secretário e traficante tinham ‘acordo espúrio’, denuncia Ministério Público

Ex-secretário e traficante tinham ‘acordo espúrio’, diz Ministério Público

Segundo Gaeco, Raphael Montenegro e Abelha combinaram a volta para a casa do
criminoso em troca de liberação do então titular da Administração Penitenciária
de fazer campanha em comunidades dominadas pela facção criminosa.

O Ministério Público estadual do RJ apresentou denúncia, nesta sexta-feira (20),
à Justiça contra Raphael Montenegro, ex-secretário de Administração
Penitenciária.

De acordo com o MP, foi Raphael Montenegro que comandou, pessoalmente, a soltura
do traficante Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, conhecido como Abelha, apontado
pela polícia como um dos chefes da facção Comando Vermelho.

O ex-secretário e o traficante foram denunciados por corrupção. Quando deixou a
cadeia, Abelha tinha um outro mandado de prisão a cumprir.

A reportagem do RJ2 não teve retorno da defesa de Raphael Montenegro.

No dia 27 de julho de 2021, Abelha saiu caminhando do Complexo de Gericinó, em
Bangu, na Zona Oeste do Rio.

No meio do caminho, o criminoso para e cumprimenta com um aperto de mão alguém
que está no interior do veículo. Segundo o Ministério Público estadual, quem
está dentro do carro era Raphael Montenegro, então secretário estadual de
Administração Penitenciária.

O MPRJ denunciou o ex-secretário da Seap e o traficante Abelha por corrupção. A denúncia informa que Raphael Montenegro sabia dos problemas de Abelha com a
Justiça.

O Ministério Público destacou que havia “um acordo espúrio” entre Raphael Montenegro e Abelha, possibilitando a Raphael fazer propaganda eleitoral e angariar votos nas
comunidades chefiadas por Abelha.

Segundo o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do
Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/ MPRJ), a soltura de
Abelha fez parte de uma grande troca de favores entre o traficante e o
secretário.

A denúncia fala de um acordo espúrio entre ambos, permitindo a Raphael
Montenegro fazer propaganda eleitoral nas comunidades chefiadas pelo Comando
Vermelho com o apoio de Abelha.

Um ano depois desse dia, em que o traficante saiu andando da cadeia, o
secretário foi candidato a deputado estadual.

Conversas em aplicativos de mensagens comprovam o apoio político do traficante
ao secretário.

Em um desses áudios, obtidos com a autorização da Justiça, Dulcinéia, mãe do
traficante Abelha, conta como foi uma visita que recebeu do então candidato
Raphael Montenegro.

Dulcinéia fala com seu filho Nilton (irmão de Abelha), mencionando que
Raphael a beijou, deixando evidente a proximidade do ex-secretário e a família.
Dulcinéia menciona a Nilton que agradeceu ao ex-secretário por tudo que fez pelo
seu filho.

De acordo com o MP, Dulcinéia conta detalhes da visita e diz que Raphael a
beijou, deixando evidente a proximidade do ex-secretário e a família.

A mãe de Abelha ainda agradece ao secretário por tudo o que fez pelo seu filho.

Raphael Montenegro chegou a ser preso no início das investigações, mas
foi solto 5 dias depois e no ano seguinte lançou normalmente a candidatura pelo PSC.

Mesmo com o apoio do traficante e da família, Raphael Montenegro teve 3.737
votos e não teve direito a uma cadeira de deputado estadual na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.

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