Policial militar é preso suspeito de abusar sexualmente de três crianças em clube de Jataí

Um policial militar aposentado foi preso neste domingo, 18, suspeito de importunar sexualmente três crianças em um clube de Jataí, no sudoeste de Goiás. Este não é o primeiro crime sexual envolvendo Manoel Pacífico de Oliveira, de 60 anos, que já havia sido denunciado por estupro contra um adolescente.

Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), as vítimas de 13, 11 e 7 anos relataram terem sido apalpadas pelo oficial. Quando questionado sobre as acusações, Manoel afirmou ter feito ‘apenas’ massagens nas costas do menino de 7 anos, dentro de uma sauna. 

Porém, testemunhas que estavam no local disseram ter visto o policial com a criança no colo. Quando os guardas municipais da cidade chegaram no clube, eles também flagraram o oficial no restaurante pagando o almoço para um outro menor. Os jovens estavam juntos e aguardavam a mãe de um deles buscá-los. 

Depois do ocorrido, os responsáveis pelas crianças, assim como o militar foram encaminhados à delegacia da cidade. No local, Manoel foi autuado e depois transferido para o presídio da Polícia Militar (PM), em Goiânia. Em nota, a PM afirmou que Manoel foi submetido a um Conselho de Justificação, onde foi declarada a perda da patente de Oficial da Reserva Remunerada, sendo considerado indigno para o cargo. 

Indiciamento por crime sexual

O militar já havia sido indiciado por estupro em 2021, após apalpar um adolescente de 12 anos, em Rio Verde. A abordagem utilizada para se aproveitar das crianças no clube, conforme a GCM, foi semelhante a utilizada para abusar do jovem.

Na época, Manoel ‘passou a mão’ no adolescente e marcou um encontro com ele e outro jovem de 19 anos em um motel da cidade. O PM foi indiciado pela Polícia Civil (PC) e denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pelos crimes de estupro de vulnerável e de stalking em relação ao adolescente e por importunação sexual contra o outro jovem.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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