Policial penal é afastado por tráfico de drogas em Presídio de Igarassu

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Policial penal afastado após ser preso em flagrante por tráfico de drogas no Presídio de Igarassu

Segundo as investigações, o servidor, identificado como Eluilson Gomes Nunes da Silva, forneceu 165 gramas de maconha a um detento da unidade.

Um policial penal foi afastado pelo governo do estado de Pernambuco oito dias após ser preso em flagrante por tráfico de drogas no Presídio de Igarassu, no Grande Recife. No início deste ano, a unidade prisional foi alvo de uma operação da Polícia Federal que desarticulou um esquema de corrupção e regalias conhecido como “resort do crime”.

O servidor, de 52 anos, foi detido no dia 13 de junho, depois que outros agentes da unidade encontraram 165 gramas de maconha com um detento do presídio durante uma revista pessoal, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap).

Ainda segundo o órgão, o presidiário confirmou em depoimento que recebeu a droga de um policial penal. A secretaria informou também que, ao verificar imagens do circuito interno, comprovou a ocorrência do crime, encaminhando os dois para o Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil. O DE tenta contato com a defesa de Eluilson Gomes Nunes da Silva.

No dia seguinte, os envolvidos no caso passaram por audiência de custódia. A juíza Naiana Lima Cunha Bhering, da Vara Criminal de Igarassu, converteu a prisão em flagrante para preventiva.

A decisão de afastar o servidor foi publicada no Diário Oficial deste sábado (21). A portaria, assinada pelo secretário estadual de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), determina a suspensão do policial penal até a conclusão do processo criminal e os materiais e instrumentos de trabalho, incluindo armas, que estavam em posse dele.

Outras apreensões no Presídio de Igarassu incluem casos onde drogas foram encontradas escondidas em produtos alimentícios e utensílios. Em menos de um mês, foram registradas, ao menos, três apreensões de drogas dentro da unidade prisional.

O esquema de corrupção desarticulado pela Operação La Catedral revelou crimes, regalias para os presos e produção de drogas dentro do presídio. As investigações apontaram corrupção ativa e passiva, prevaricação, facilitação de entrada de objetos ilícitos na prisão, tráfico de drogas e organização criminosa, resultando em prisões e outras medidas para conter a atividade ilegal no local.

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