Um policial penal recusou propina oferecida por um custodiado dentro da Casa de Prisão Provisória, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na última terça-feira, 7. Por meio de uma carta escrita à mão, o detento de 26 anos ofereceu aproximadamente R$ 100 mil ao servidor para ter acesso a celulares. O jovem, que já responde por receptação, recebeu voz de prisão por corrupção ativa e poderá sofrer sanções disciplinares internas.
A tentativa de suborno ocorreu no bloco 4 da CPP. Durante ronda pelas celas, o policial penal de 45 anos foi chamado pelo custodiado, que entregou a carta em mãos. Ao ler o conteúdo do texto, o servidor não teve dúvidas: deu voz de prisão e encaminhou o fato à supervisão de segurança da unidade prisional. O preso foi levado à Delegacia de Polícia Civil de Aparecida de Goiânia para lavratura do flagrante, e voltou para a CPP.
Além de corrupção ativa, o preso, revoltado por não ter sido “atendido”, proferiu palavras de baixo calão contra a honra e a moral do servidor penitenciário na hora do flagrante, e também responderá por calúnia.
Niquelândia
Em setembro do ano passado, em Niquelândia, no Norte do Estado, um preso escreveu uma carta e entregou a um vigilante penitenciário temporário (VPT) de 22 anos. A tentativa de suborno era de R$ 5 mil por dois celulares. O preso, que já respondia por homicídio, também foi autuado por corrupção ativa (artigo 333 do Código Penal), cuja pena de reclusão vai de 2 a 12 anos.
Veja um trecho da carta entregue ao VPT: “Quer ganhar um dinheiro no mais absoluto sigilo possível? Se você se interessar, faz o sinal de legal com o dedo, que eu te passo o número da minha esposa, pra nós não ficar se falando (sic), para o povo não ficar de olho. Você tá ligado que a cadeia está sossegada.”