Policial pisa no pescoço de mulher de 51 anos

Um policial pisou no pescoço de uma mulher negra, de 51 anos, durante uma confusão por conta do funcionamento de um bar na zona sul de São Paulo. Imagens gravadas por moradores foram exibidas no Fantástico e mostram ações violentas dos policiais ao abordar um cliente do bar, que estava com o som do carro com volume alto.

Ao pedir para que o policial não batesse mais no homem, que havia levado joelhadas no rosto, estava imobilizado e sem reação, a dona do bar foi atacada por outro policial. A mulher foi empurrada contra uma grade e, segundo ela, foi agredida com três socos e derrubada.

Na sequência, o policial pisou no pescoço da comerciante, algemou e arrastou a mulher até a calçada. A comerciante desmaiou quatro vezes, conforme o relato concedido ao Fantástico. Ela foi atendida em um hospital com ferimentos no rosto, nas costas e com a perna quebrada. Depois, foi levada para uma delegacia e ficou detida até o dia seguinte.

O governador João Doria afirmou, por meio das redes sociais, que os policiais foram afastados e vão responder um inquérito. “As cenas exibidas no Fantástico causam repulsa. Inaceitável a conduta de violência desnecessária de alguns policiais. Não honram a qualidade da PM de SP”, ressaltou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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