Cobrança de propina em estradas no Paraná: Policial preso em operação tentou atrapalhar a investigação e foi afastado da corporação há quatro meses.
Investigações revelaram que Reginaldo Pedroso recebeu cerca de R$ 47 mil de forma ilegal. Além dele, outros 10 policiais rodoviários estaduais foram afastados de suas funções durante a operação.
O policial rodoviário estadual, identificado como Reginaldo José Pedroso, que trabalhava no batalhão regional de Guarapuava, na região central do Paraná, foi preso durante a operação Rota 466. Ele é suspeito de participar de um esquema criminoso envolvendo agentes que pediam propina a motoristas nas estradas estaduais.
As operações Rota 466 e Via Pix foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na terça-feira (7). Outros 10 policiais rodoviários estaduais foram afastados de suas funções, sendo nove da região de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e um de Guaraniaçu, no oeste do estado. Ao todo, 30 mandados de busca e apreensão foram cumpridos.
Segundo investigações da RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, Reginaldo entrou para a Polícia Militar em 2001 e chegou a ser comandante do posto rodoviário em Guarapuava. Nas primeiras fases da operação, a quatro meses atrás, ele atuava no Batalhão da Patrulha Escolar e foi afastado de suas atividades.
Conforme as investigações, Reginaldo teria recebido ilegalmente cerca de R$ 47 mil. Após monitoramento por parte do MP e do Gaeco, descobriu-se que ele tentava interferir no trabalho dos investigadores.
De acordo com o MP, o dinheiro proveniente da propina era direcionado para contas de empresas ou pessoas físicas, utilizadas como “laranjas”. A movimentação financeira era realizada por meio de aplicativos de mensagens.
A Polícia Militar do Paraná afirmou que a corregedoria-geral acompanha as diligências para garantir a transparência e a legalidade dos procedimentos. No total, dez militares estaduais foram afastados de suas funções e um mandado de prisão foi cumprido. Mais informações serão divulgadas pelo Ministério Público do Estado do Paraná, responsável pela investigação.