A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a agressão do estudante Mateus Ferreira de 33 anos que foi agredido pelo Capitão da Polícia Militar Augusto Sampaio durante protestos em Goiânia, em 28 de abril.
Durante coletiva, o assessor de imprensa da Polícia Civil Gylson Ferreira, disse que na ocasião houve a prática de dois crimes. “O primeiro é de abuso de autoridade que será julgado pela justiça comum. O outro crime é a lesão corporal que deve ser encaminhado para a justiça militar. A gente precisa necessariamente ter a separação desses dois processos”, disse.
O assessor explicou que o Código Penal determina que o julgamento deve ser feito em duas partes. Ele ainda afirmou que não houve tentativa de assassinato por parte do policial durante os protestos e que os dois só se encontraram no momento em que houve a agressão.
Segundo o assessor, a intenção do capitão não era acertar a cabeça o estudante. “Existem elementos nos autos que levam a conclusão de que a intenção não era atingir a cabeça. O Matheus estava com as pernas um pouco dobradas e em uma ação de reflexo ele se abaixa. Não existe uma intenção deliberada de atingir a cabeça da vítima”.
Por fim, o Gylson Ferreira disse que não foram encontradas evidências de que Mateus depredou patrimônio público. “A Polícia Civil analisou aproximadamente 40 horas de filmagem e em nenhum momento foi possível ver o Matheus depredando patrimônio”.
O inquérito de abuso de autoridade agora será encaminhado para a justiça comum. E com relação ao crime de lesão militar, a Polícia Civil sugeriu que ela seja encaminhada para o Ministério Público Militar.