Última atualização 04/09/2023 | 13:00
A Polícia Federal, juntamente com a Polícia Militar, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Goiás e também nos estados do Paraná e Maranhão. Como resultado da ação conjunta, três aviões usados para tráfico internacional de drogas foram apreendidos.
A investigação
A ação é um desdobramento da investigação realizada no último dia 19 de agosto, quando a Polícia Federal apreendeu 77 quilos de cocaína e prendeu três pessoas em pistas de pouso clandestinas no município de Cocalinho, no Mato Grosso.
A Polícia investiga ainda se a organização criminosa que atuava em Cocalinho, no estado vizinho, tem relação com a organização que atuava em Anicuns, município localizado na região metropolitana de Goiânia, onde foi apreendido, na última quarta-feira, 30, um helicóptero utilizado para tráfico de drogas.
O delegado da Polícia Federal, Bruno Gama, disse em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 4, que até o momento foram dois aviões apreendidos, em Goiânia, e um na cidade de Londrina, no estado do Paraná.
De acordo com o delegado, a logística da organização criminosa consistia em buscar essa droga na Bolívia, parava em uma das três pistas clandestinas do Mato Grosso e vinha, por terra, para Goiás. Agora, as forças policiais envolvidas na operação pretendem desarticular a organização criminosa indo atrás dos bens adquiridos para prática do tráfico e também de lavagem de dinheiro.
“A partir do momento que ele adquire uma aeronave utilizada no tráfico e não registra no nome do real proprietário, oculta aeronave e os bens em nome de terceiros, para não poder identificar quem é o o réu proprietário da aeronave, está realizando o crime de lavagem de dinheiro. Ele está ocultando os bens adquiridos pra utilizar o na logística do tráfico em nome de terceiros”, esclarece Bruno Gama.
Apesar das apreensões de aeronaves usadas para o tráfico de drogas, o delegado afirma que organizações criminosas utilizam aeronaves pela facilidade e quantidade de carga, mas não são a única modalidade de transporte da carga. “Ela não encerra o tráfico modal de forma de transporte de droga, a logística dela continua também por terrestre ou por barcos”, explica.