Políticos e famosos tiveram dados fiscais consultados irregularmente, segundo Receita Federal

Políticos e famosos tiveram dados fiscais consultados irregularmente, segundo Receita Federal

Uma lista da Receita Federal revela que políticos e famosos brasileiros tiveram dados fiscais acessados irregularmente. A consulta sem fundamento legal ou administrativo entre 2018 e 2020  teve autoria de oito servidores do órgão. O alvo inclui nomes como o ex-presidenciáveis Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, William Bonner, Luciano Huck, Anitta, ex-BBBs e do  deputado federal pelo Distrito Federal, Rôney Nemer.

 

O relatório encaminhado ao Tribunal de Contas União (TCU) divulgado pela Folha de S. Paulo aponta que a identificação do procedimento motivou auditoria e aprimoramento interno para quando relacionado a pessoas politicamente expostas (conhecidas pela sigla PEPs), apesar de ainda ocorrerem falhas e inconsistências. 

 

A desconfiança começou com o vazamento de dados do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, e da esposa, a advogada Guiomar Mendes. A violação do sigilo teve como destaque a emissão de 300 relatórios fiscais em menos de dois minutos por um auxiliar de serviços diversos da Receita Federal em Belo Horizonte , capital de Minas Gerais. Ele está sendo investigado. 

 

Embora o órgão tributário aponta haver “travas” que dificultam a consulta de dados fiscais dos PEPs, o TCU determinou a implantação de “controles necessários ao cumprimento de dever legal de resguardo do sigilo fiscal, de qualquer cidadão que seja”. Além disso, a  Receita deve passar a exigir justificativas detalhadas para o acesso às informações e eliminação do conceito de autoridade tributária para auditores fiscais, o que eliminava a possibilidade de revisão dos atos internos praticados por essa categoria de servidores públicos.

 

 

 

 

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CNJ investiga juízes que jantaram com empresário Luciano Hang

CNJ Investigação: Juízes e Luciano Hang - Conflito de Interesses em Foco

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma investigação preliminar envolvendo juízes de Santa Catarina que participaram de um jantar com o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. O jantar aconteceu em 16 de dezembro em Brusque, no interior de Santa Catarina, na inauguração da Casa Renaux.

A investigação, coordenada por Mauro Marques, surgiu devido a preocupações sobre potenciais conflitos de interesses, especialmente considerando que alguns desses juízes, como Saul Steil e Jairo Fernandes Gonçalves, são relatores de processos em que Luciano Hang é parte ou estão envolvidos em colegiados que julgarão ações relacionadas ao empresário.

Além disso, também estava presente a desembargadora Haidée Grin, que foi relatora de um recurso interposto por um professor que já foi condenado a pagar R$ 20 mil ao empresário.

Em nota, o Tribunal de Santa Cantarina informou que “o princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções”.

Interesses

Luciano Hang é alvo de vários processos judiciais, e a participação de desembargadores em um jantar promovido por ele levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a ética dos magistrados. Quatro dos desembargadores presentes no jantar são responsáveis por relatar processos ou integrar colegiados que irão julgar ações envolvendo o empresário.

A investigação do CNJ visa esclarecer se houve qualquer violação de normas éticas ou de conduta pelos juízes envolvidos. A entidade está atenta para garantir a transparência e a integridade do sistema judiciário, especialmente em casos onde a imparcialidade dos juízes pode ser questionada.

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