O que se viu nas redes sociais nos últimos dias foi uma gigantesca mobilização comandada por artistas, entidades de classe, empresas e organizações não-governamentais, entre outros segmentos, a favor dos gaúchos, que sofrem com as trágicas enchentes que tomaram conta do Rio Grande do Sul. No esteio deste esforço conjunto, políticos também se prontificaram a liderar campanhas com o mesmo propósito.
Mas como 2024 é ano eleitoral, estes mesmos políticos também foram alvos de críticas na internet. Houve quem alegasse certo oportunismo; afirmando que eles usariam de uma situação extremamente triste e caótica para ganharem mais visibilidade junto aos eleitores. A verdade é que o cenário em dezenas de municípios do Rio Grande do Sul é de guerra, com quase três centenas de cidades em estado de calamidade pública. Toda ajuda, portanto, é mais do que necessária. E os agentes políticos acertaram em usar de sua influência para angariar doações.
Em Aparecida, o prefeito Vilmar Mariano (UB) determinou que todos os alimentos arrecadados no “Aparecida é Show”, festa que marca os 102 anos do município a serem comemorados agora em maio, sejam doados ao povo do Rio Grande do Sul. Em Caçu, a prefeita Ana Cláudia Lemos (MDB) lidera campanha junto aos moradores da cidade. Em Jataí, o prefeito Humberto Machado (MDB) destinou R$ 150 mil em cestas básicas aos gaúchos – o município tem uma das maiores colônias de moradores do Rio Grande do Sul em Goiás.
Pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel deu sinal verde para que a Federação das Indústrias do Estado de Goiás, entidade que ele preside, arrecade roupas, alimentos e produtos de higiene e de limpeza. Presidente do PL em Goiás, o senador Wilder Morais mobilizou a bancada de deputados estaduais e federais em busca de doações. O governador Ronaldo Caiado (UB), além de enviar bombeiros goianos ao estado afetado pela maior enchente da história, também convocou a população para doar cobertores, colchões, cestas básicas e kits de higiene pessoal.