Peixes foram diagnosticados com anemia devido à poluição no maior rio de Fortaleza
O quadro anêmico pode afetar o metabolismo e a reprodução dos peixes, o que por sua vez pode ameaçar a continuidade da espécie e a biodiversidade do rio Cocó.
DE é um caso alarmante a quantidade de poluentes despejados nas águas do rio Cocó, o principal rio de Fortaleza. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências do Mar (Labomar) da Universidade Federal do Ceará (UFC), cerca de 75% dos peixes analisados, de quatro espécies diferentes, estão anêmicos.
O quadro anêmico pode afetar o metabolismo e a reprodução dos peixes, o que por sua vez pode ameaçar a continuidade da espécie e a biodiversidade do rio. Embora a anemia possa ser provocada por outros fatores, como a presença de parasitas, a grande presença de poluentes orgânicos é apontada pelos pesquisadores como um fator preponderante para desenvolver o problema.
O rio Cocó nasce na serra de Pacatuba, município da região metropolitana, e percorre mais de 50 quilômetros, atravessando as cidades de Maracanaú e Itaitinga antes de chegar à capital cearense, onde encontra o mar na região da praia da Sabiaguaba. O rio é o lar de várias espécies de crustáceos, peixes, moluscos e aves.
O organismo dos peixes está diretamente associado ao habitat em que eles vivem e pode ser afetado pela contaminação das águas. Como o sangue tem o papel de transportar substâncias dentro do organismo, a presença de poluentes no sangue dos peixes é um indicativo de que o ambiente ao seu redor está com níveis elevados de poluentes.
As substâncias encontradas no rio são consideradas poluentes orgânicos persistentes, ou seja, que têm uma longa vida tanto na natureza quanto no organismo dos seres que as absorvem. Dentre os identificados no Cocó, os mais comuns são pesticidas, herbicidas e inseticidas, utilizados para jardinagem, agricultura ou mesmo para saúde animal.
Um dos fatores que contribuem para o volume de poluentes despejados no rio é o baixo percentual de esgotamento sanitário nas cidades por onde o Cocó passa. Em Fortaleza, a rede de esgoto atinge cerca de 70% da população, mas os números são significativamente menores em Itaitinga (48%) e Maracanaú (52%), de acordo com o IBGE. Em Pacatuba, onde está a nascente do rio, o índice é de 61%.
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