Poluição sonora é um problema recorrente durante os finais de semana, em Goiânia

Som alto, venda de drogas e problemas com documentação foram a maioria das autuações realizadas neste final de semana em Goiânia. Inicialmente acionados por poluição sonora,  fiscais da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) encontraram diversas irregularidades em sete regiões da capital. Em uma delas, um pitdog vendia bebida alcoólica e drogas, além de estar sendo administrado ilegalmente por um terceiro. Ao todo, foram lavrados 19 autos de R$ 5 mil após atendimento a 46 chamados.

O problema acontece com frequência, principalmente aos finais de semana, entre sexta e domingo, segundo a Amma. As ocorrências costumam se concentrar nas regiões Noroeste e sul da capital. As denúncias dos moradores sobre som alto em estabelecimentos comerciais aumentaram com o fim das  restrições da pandemia.

“Muitos dos estabelecimentos visitados não possuíam alvará de localização, funcionamento ou licença ambiental. Esse tipo de operação facilita muito o trabalho da fiscalização e será rotineira, em razão de os estabelecimentos denunciados por poluição sonora, na sua maioria, não possuírem alvará de funcionamento. Dessa maneira, nem estão aptos a funcionar”, afirma o diretor de Fiscalização da Amma, Diego Moura.

Poluição sonora e outras irregularidades

Um empório do setor Setor Cândida de Morais foi flagrado sem alvará de localização funcionamento. Na porta do estabelecimento foram encontrados e apreendidos tambores parafusados e um veículo com som automotivo. Os fiscais lavraram quatro autos de apreensão e o dono do carro foi multado em R$ 15 mil. Em outro ponto do mesmo setor, o proprietário de um bar foi autuado pela falta do licenciamento ambiental e, por isso, teve equipamento de som mecânico apreendido. Ele foi multado em R$ 8 mil. O estabelecimento não possuía alvará de localização e funcionamento.

De acordo com a Amma, denúncias de poluição sonora são validadas quando a emissão sonora fica acima de 50 decibéis (noturno) ou 55 decibéis (diurno). Esse tipo de denúncia é registrada pelo telefone 161, ou site: tinyurl.com/poluicaosonoragyn. A ação ocorreu com a participação de equipes da Amma, Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Vigilância Sanitária, Guarda Civil Metropolitana (GCM) e Juizado da Infância e Juventude.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp