Pombo-Correio da Família Terror: Lavagem de Dinheiro com Elton John

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Família do Terror: advogado preso era “pombo-correio” de Elton John

Além de facilitar a comunicação entre os criminosos, o advogado é suspeito de lavagem de dinheiro. Na manhã desta sexta-feira (21/2), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Amapá (Ficco, com apoio da Polícia Civil do Amapá, deflagrou a Operação Columba, mirando um advogado suspeito de atuar como intermediário de comunicações entre os líderes da Facção Família Terror do Amapá (FTA), uma das mais violentas da região.

A investigação apontou que o advogado fazia a ponte entre os chefes do grupo criminoso, incluindo Elton John de Oliveira Gomes (foto em destaque), que está preso no presídio de segurança máxima do estado. O profissional do direito funcionava como “pombo-correio”, repassando ordens para que a facção continuasse operando dentro e fora do sistema prisional.

O esquema foi descoberto após a análise de documentos apreendidos em março de 2024, durante a prisão de um integrante da facção. A troca de informações ocorria em visitas ao presídio, onde o advogado se reunia com os chefes do crime para definir estratégias e coordenar ações. Além de facilitar a comunicação entre os criminosos, o advogado é suspeito de lavagem de dinheiro. As investigações apontam que ele movimentou mais de R$ 3 milhões para a organização criminosa.

Ele foi preso e encaminhado ao Instituto de Administração Penitenciária do Amapá, onde ficará à disposição da Justiça. Se condenado, poderá responder por organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro, crimes que somados podem resultar em até 28 anos de prisão, além de multa.

Elton John, um dos líderes da Família Terror do Amapá, identificado como Elton John de Oliveira Gomes, tem um longo histórico criminal. Ele foi preso em novembro de 2013, aos 19 anos, por participação no sequestro de um funcionário público em Macapá. Na época, Elton John e um comparsa abordaram a vítima na orla da cidade e a levaram para um cativeiro na Zona Sul. Durante a noite, eles obrigaram o refém a fornecer dados bancários, sacando R$ 1,8 mil e tentando um empréstimo de R$ 15 mil.

O plano só não foi adiante porque o banco exigia a presença do gerente para aprovar a transação. A dupla então liberou o funcionário público para ir ao banco no dia seguinte, mas ele conseguiu fugir e denunciou o caso à polícia.

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