Um laudo pericial concluiu que o ponto de ônibus que caiu há cerca de duas semanas sobre um pedreiro estava com problemas na estrutura. O documento aponta que o fato de Wellington Oliveira, de 24 anos, ter se encostado na cobertura não foi crucial para o desabamento em Aparecida de Goiânia. A iminência de queda ocorria desde 2021.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o trabalhador desce de um carro com um colega. Ele parece se encostar no teto do ponto e depois aparenta tentar conter a queda do concreto, que atingiu a parte superior do corpo dele. A gravação mostra as pessoas atendidas em uma lanchonete a poucos metros do local assustadas com o acidente.
“Aquela estrutura iria cair mais dia ou menos dia. Fosse por uma ação do indivíduo encostando, até mesmo uma rajada de vento ou criança pendurada. Não conseguimos falar qual a exata força necessária. Podia ser um vento? Podia. A estrutura já se encontrava condenada”, de acordo com o perito Celso Faria.
Ele afirma que algumas partes da estrutura do ponto apresentavam sujeira, o que sinaliza estarem expostas há muito tempo. De acordo com o servidor, uma manutenção poderia ter evitado a tragédia. Imagens do Google Street View ajudaram a perícia a identificar as condições da estrutura.
Documentos provam que a Defesa Civil de Aparecida de Goiânia já havia denunciado a possibilidade de o ponto de ônibus desabar. O acidente levantou a discussão sobre quem tem a responsabilidade de manutenção, realocação e instalação das estruturas. A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC) informa que a atribuição é das prefeituras.