Pontos de ônibus de concreto da Região Metropolitana começam a ser demolidos

A partir desta sexta-feira, 15, todos os pontos de ônibus com estrutura de concreto instalados em Goiânia e nas cidades da Região Metropolitana serão demolidos. A primeira remoção será realizada às 7 horas, na Avenida T-2, no Setor Sol Nascente, em Goiânia.

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, estará no local para atender a imprensa. Também acompanham a retirada do abrigo o subsecretário de Políticas para Cidades e Transportes, Miguel Angelo Pricinote, o presidente da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), Tarcisio Abreu, e o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia (SET), Adriano Oliveira.

O projeto Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), lançado em janeiro deste ano pelo Governo de Goiás em parceria com o consórcio das empresas que operam o sistema (Redemob), consiste, entre outra ações, na renovação de toda a frota de veículos convencionais, aquisição de ônibus elétricos e a recuperação, renovação e manutenção da infraestrutura de transportes do Eixo Anhanguera.

Pontos de ônibus

Dentro do cronograma, está prevista a demolição de todos os 865 abrigos de concreto da rede de transporte coletivo e construção de pontos com estrutura metálica para oferecer segurança aos usuários e evitar acidentes que coloquem em risco sua vida ou integridade física.

Foram realizados laudos periciais nesses abrigos de concreto com a finalidade de identificar as condições da estrutura, e aqueles que oferecem perigo serão substituídos primeiro. Verificou-se que 230 estão em estado crítico.

A construção, recuperação e a revitalização dos pontos de parada do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana são ações que integram a Nova RMTC. Ao todo, cerca de 7 mil abrigos receberão as melhorias que também contemplam uma nova identificação, com informações sobre as linhas de ônibus, horários e itinerários e também a instalação de placas de comunicação visual. A ideia é facilitar e melhorar as viagens dos passageiros.

As ações constituem uma das etapas do projeto que demandou investimento de R$1,6 bilhão, sendo R$ 400 milhões provenientes do Governo de Goiás por meio do subsídio ao transporte coletivo, e o restante aplicado pelo consórcio formado pelas concessionárias.

“A nova gestão dos abrigos já é uma realidade. Em menos de um mês após o lançamento da Nova RMTC, cerca de 300 pontos de ônibus foram construídos, reformados ou revitalizados”, diz o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Manutenção preventiva

Pela primeira vez, os pontos de ônibus terão investimentos permanentes nas ações de recuperação e conservação. Os cuidados são chamados de manutenção preventiva. O estado desses abrigos será monitorado pela Redemob, que ficará responsável pela realização regular de serviços de limpeza, iluminação e acessibilidade dos locais de embarque e desembarque dos passageiros.

Também será feita a substituição de peças danificadas, a pintura e a instalação de novos itens de conforto e segurança, como bancos, lixeiras, câmeras e sensores.

“Essas ações fazem parte do projeto Nova RMTC, que tem como objetivo recuperar e requalificar a prestação dos serviços de transporte público coletivo de passageiros na região metropolitana de Goiânia, em benefício dos usuários e da mobilidade urbana”, afirma Miguel.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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