Última atualização 05/05/2023 | 09:59
A quantidade de pessoas com dificuldades para se alimentar aumentou 25% em 2022. Os dados referentes ao ano anterior apontados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 35 milhões de crianças abaixo de 5 anos tiveram desnutrição em decorrência da situação acentuada pela guerra da Rússia com a Ucrânia, mudanças climáticas e efeitos da pandemia de covid. A estimativa é de quadro socioeconômico inalterado em 2023.
Para a ONU, a fome é classificada como acesso irregular a alimentos seguros e nutritivos em quantidade suficiente para o crescimento e desenvolvimento normais e para uma vida ativa e saudável. A conclusão do levantamento considerou 58 países e identificou 258 milhões de pessoas. A insegurança alimentar registrou alta pelo quarto ano consecutivo, de acordo com o Relatório Global sobre Crises Alimentares da ONU.
Estatísticas do governo federal indicam a existência de 33 milhões de brasileiros enfrentando o problema. O presidente Lula tem como estratégia para solucionar esse gargalo social o programa Bolsa Família – iniciativa que libera R$ 600 por família e um adicional de R$ 150 para cada criança de até seis anos na composição familiar – e promete atuar ainda em outras frentes, como política de crédito e agricultura familiar.
O Brasil é citado por ser um dos cinco países onde os preços de alimentos, fertilizantes, energia e fretes tiveram uma queda em meados de 2022 devido a uma série de fatores, mas permanecem bem acima dos níveis pré-pandemia. Em 2021, 193 milhões de pessoas sofreram com insegurança alimentar, segundo o relatório da ONU. O documento destaca que o mundo marca o quarto ano consecutivo com aumento nesse índice. A condição deixou vítimas fatais especialmente em países como a Somália, Afeganistão, Burquina Fasso, Haiti, Nigéria, Sudão do Sul e Iêmen.
População mundial enfrentando a fome
2022: 258 milhões de pessoas
2021: 193 milhões de pessoas
Fonte: ONU