População tem até dia 4 para opinar sobre saneamento em Goiânia

A população de Goiânia foi convidada para participar e contribuir com as discussões acerca da elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. O período de diálogo com a população vai até o dia 4 de setembro e ocorre por meio de três maneiras: urnas para depósito de sugestões, questionário online e pré-conferências. Os assuntos discutidos são os principais componentes do saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário (esgoto), drenagem de água da chuva e resíduos sólidos (lixo).

No terminal de ônibus Praça da Bíblia, as fichas disponíveis na urna para preenchimento da comunidade já foram repostas duas vezes. A dona de casa Dinamar Moreira da Silva mora no Jardim Novo Mundo e aprovou a ação e oportunidade de falar sobre o abastecimento de água tratada na sua região. “No meu setor eu sofro com a água que vem, muitas vezes, suja das torneiras. E vejo que em muitos outros bairros de Goiânia também é assim”. Outras 27 urnas estão distribuídas em unidades de saúde, shopping centers, terminais de ônibus, lojas de atendimento da Prefeitura e universidades, além do Paço Municipal e Câmera Municipal de Goiânia.

 

Plano Municipal de Saneamento Básico

A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é uma exigência da lei federal do saneamento básico, Lei nº 11.445/2007, que visa fornecer diretrizes ao poder público e à população para o planejamento e a execução de ações referentes ao saneamento de Goiânia para os próximos 20 anos. O prazo para conclusão do projeto é dezembro de 2018, seis meses após a assinatura da ordem de serviço.

Segundo o art. 2º da referida lei, considera-se saneamento básico o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água potável; esgotamento sanitário (esgoto); limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (lixo); e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas (água da chuva). Por meio de licitação, a empresa Diefra Engenharia e Consultoria foi contratada para prestar serviços técnicos especializados para a elaboração do PMSB de Goiânia.

Para acompanhar, orientar e fiscalizar o trabalho da elaboração do Plano pela Diefra, o decreto municipal n° 419, de fevereiro de 2018, criou uma comissão técnica, a CTSB. O grupo é composto por técnicos das secretarias municipais de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), de Saúde (SMS), de Insfraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) e de Comunicação (Secom), da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos (ARG), que é a responsável pela coordenação dos trabalhos da comissão.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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