Por 48 votos a 2, vereador Gabriel Monteiro tem mandato cassado no Rio

Gabriel Monteiro cassado

Na noite desta quinta-feira, 18, o vereador Gabriel Monteiro (PL) teve seu mandato cassado durante sessão na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Entre os 50 parlamentares que participaram, 48 votaram de forma favorável à cassação e dois votaram contra. Mesmo assim, o político e youtuber continuará sua campanha pelo cargo de deputado federal nas Eleições 2022.

A cassação de Gabriel Monteiro

O pedido de cassação contra Gabriel Monteiro aconteceu em virtude de quebra de decoro parlamentar. O jovem está sob investigação de crimes de assédio sexual, importunação sexual e estupro de vulnerável. Além disso, mulheres alegaram que seus relacionamentos com ele terminaram de forma violenta. Saiba mais sobre as acusações por aqui.

Na Câmara de Vereadores, 51 parlamentares poderiam votar. Antes da reunião, alguns políticos cogitaram a ideia de faltar à sessão, para não se indispor com os apoiadores de Gabriel Monteiro. No entanto, 50 deles estiveram presentes. Somente o Carlos Bolsonaro (Republicanos), que está participando da campanha de seu pai Jair Bolsonaro (PL), não compareceu.

No total, 48 vereadores votaram a favor da cassação do mandato. Apenas o próprio Gabriel Monteiro, além de Chagas Bola (União Brasil), votaram contra. Desta forma, o parlamentar deixa o cargo sob efeito imediato.

E agora?

Como a cassação aconteceu depois do prazo para registro de candidatura a deputado federal, o agora ex-vereador Gabriel Monteiro conseguiu fazê-lo com toda documentação lícita. Desta forma, pelo menos por enquanto, a candidatura dele segue válida para ocupar um espaço na Câmara dos Deputados.

Gabriel Monteiro é réu em dois processos criminais. O primeiro, pela gravação de um vídeo em que mantém relações sexuais com uma adolescente. O segundo, por importunação sexual e assédio sexual. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ainda vai analisar a legalidade das candidaturas apresentadas até o dia 12 de setembro. Somente depois disso, haverá a definição acerca da situação.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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