Por causa de Bolsonaro, 70 pessoas podem se tornar inelegíveis no Brasil

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O processo que envolve o ex-presidente Bolsonaro pode afetar outras 68 pessoas. Ela estão sendo investigadas por terem cometido uma série de crimes também atribuídos a Jair. A lista inclui músico, jornalistas, políticos, militares e até os filhos do atual presidente de honra do PL. 

 

O processo do ex-chefe do Executivo federal está sendo analisado desde a semana passada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o caso dos aliados ainda deve demorar a ser apreciado judicialmente. Nesta terça-feira, 27, os ministros retomaram o julgamento da ação contra Bolsonaro na qual ele é acusado de ter questionado a lisura do processo eleitoral durante uma reunião com embaixadores. Ele se defende alegando que se tratavam apenas de sugestões de aperfeiçoamento.

 

As sanções podem afetar diretamente os chamados direitos políticos. No caso de Bolsonaro, há 15 ações ao todo protocoladas na Corte. A inelegibilidade pode afastar ele e os depois possíveis condenados de eleições para cargos públicos por oito anos, o que os excluiria de um embate em futura nova candidatura de Lula em 2026.

 

Em entrevista à Folha, o ex-presidente afirmou que tem um “substituto” para o Planalto, caso seja realmente considerado inelegível. “Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar. […]Com um julgamento justo, serei absolvido por unanimidade e seguirei elegível.”, declarou.

 

Confira a lista de processos contra Bolsonaro e aliados abaixo:

 

Primeira ação processual

-Acusação: Disparo massivo de conteúdos falsos nas redes sociais contra a campanha de Lula nas eleições 2022, Prática de uso indevido dos meios de comunicação, Abuso de poder político e Abuso de poder econômico

-Alvos: Ex-presidente Bolsonaro e outras 48 pessoas, como três filhos dele (o senador Flávio Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro), e o vocalista da banda de rock Ultraje a Rigor, Roger Moreira.

 

Segunda ação processual

-Acusação: Deslegitimar o processo eleitoral brasileiro antes, durante e após as eleições

Alvos: Ex-presidente Bolsonaro e apoiadores

 

Terceira ação processual

-Acusação: Abuso de poder político e econômico e Uso indevido dos meios de comunicação

-Alvos: Ex-presidente Bolsonaro, ex-vice candidato à presidência general Braga Netto e mais 16 pessoas, a exemplo do pastor Silas Malafaia e do empresário Luciano Hang

 

Quarta ação processual

-Acusação: Uso  indevido da comemoração do 7 de Setembro

-Alvos: Ex-presidente Bolsonaro e ex-vice candidato à presidência general Braga Netto

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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