Um homem foi preso suspeito de matar o cachorro da namorada dele. De acordo com a Polícia Civil (PC), ele teria ciúmes da forma em que a mulher tratava o animal. Ao ser detido, ele informou o local onde o corpo do animal foi jogado.
O caso ocorreu na última sexta-feira, 8, em Goiânia. Segundo a PC, o suspeito e a tutora do animal estavam namorando há cerca de 3 meses. Para os investigadores a mulher contou que o homem tinha ciúmes do animal e sempre criticava a forma em que ela o tratava.
No dia do fato, a tutora do cachorro, deixou o namorado, pela segunda vez, sozinho no apartamento por três horas, tendo deixado o cachorro fechado em um quarto, já que na primeira vez que deixou o namorado sozinho com o cachorro, este alegou que foi mordido.
Ao voltar para casa, foi levado pelo suspeito para sair. Horas mais tarde, ele disse que tinha saído para passear com o cachorro e ele fugiu. Na ocasião , ela distribuiu fotos da animal nas redes sociais, pedindo informações sobre o paradeiro dele.
Sem sucesso, após quatro dias de buscas a tutora do cachorro registrou um boletim de ocorrências na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (DEMA). A suspeita inicial era que o animal tivesse sido roubado. No entanto, após investigação, o Grupo de Proteção Animal descobriu que a informação dada pelo homem, sobre o passeio e fuga do cachorro, não era real.
Imagens de câmeras de segurança do condomínio apontam que em momento algum ele saiu com o cão na guia. Porém, mostra o autor saindo com uma mochila pesada do apartamento, e 15 minutos depois entrando em um mercado com a mesma mochila leve, e presa em apenas um ombro.
Diante disso, os policiais foram até a casa do acusado, onde efetuaram a prisão. Já na delegacia, o suspeito informou ter jogado o corpo do animal às margens da Marginal Botafogo, no Jardim Goiás.
Porém, ele não disse que dia teria executado o cachorro ou a forma em que o crime foi cometido.
O aparelho celular dele foi apreendido e, com autorização judicial, foram encontrados acessos a sites de zoofilia. Uma perícia será realizada no aparelho e no corpo do animal a fim de saber a causa da morte, e como o crime de maus-tratos ocorreu.
Ao Diário do Estado, a delegada responsável pelo caso, Simelli Lemes, disse que o caso tem relação também com a violência doméstica, uma vez em que o autor violou a confiança dada pela namorada.
“Isso é um sinal de comportamento agressivo, é um sinal de uma violência, tem que ter cuidado com esse tipo de envolvimento. Algo mais grave poderia ter acontecido com essa tutora”, ressaltou a delegada.
O autor não se pronunciou sobre o crime e foi solto pelo Poder Judiciário para responder ao processo em liberdade. O crime de maus-tratos a animais, quando se tratar de cão ou gato, e resultado morte, tem pena de até seis anos e meio de prisão.