Por que a Avenida Rondon Pacheco é perigosa em dias de chuva intensa: fatores que causam alagamentos e enchentes

Avenida Rondon Pacheco: entenda por que é perigoso estar em uma das principais
vias de Uberlândia quando há chuva intensa

Capitã do Corpo de Bombeiros, Daniela Cerqueira de Oliveira Sardinha, disse que
principal motivo é o rápido alagamento; histórico de acontecimentos na via
também a torna ainda mais perigosa.

Ao longo de décadas, inúmeras tragédias foram registradas na Avenida Rondon
Pacheco em decorrência das chuvas. Entre os registros, há carros arrastados por
enchentes, pessoas ilhadas, asfalto arrancado e o caso mais recente foi a morte da influenciadora Jhei Soares, de 28 anos, que foi levada pela enxurrada.

No dia em que a influenciadora morreu, em um período menor do que 30 minutos
foram registrados quase 50 milímetros de precipitação concentrada somente na
Avenida Rondon Pacheco, “o que classificou a situação como um temporal violento,
com base nos dados coletados pelo sistema de estações meteorológicas da Defesa
Civil do Município”, segundo a Prefeitura.

De acordo com o capitão da Defesa Civil, João Batista Afonso, chuvas que vão de
35 milímetros a 40 milímetros na Rondon Pacheco ou áreas próximas, são
suficientes para alagar a avenida.

Mas, afinal, por que é perigoso estar em uma das principais vias de Uberlândia
quando há chuva intensa?

> “Os alagamentos na via acontecem de forma rápida, sendo que a principal dica é
> prevenir para que não corra risco e a prevenção neste caso está diretamente
> atrelada a evitar os pontos de alagamento.”, disse a capitã do Corpo de
> Bombeiros, Daniela Cerqueira de Oliveira Sardinha.

Para entender mais os perigos da Avenida Rondon Pacheco diante de uma forte
chuva, o Diário do Estado conversou com o professor de climatologia da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU), Paulo Cézar Mendes. Releia a explicação que ele deu sobre o assunto em entrevista feita em dezembro
de 2023.

Segundo ele, pelo menos quatro fatores influenciam diretamente na alta
ocorrência de enchentes na Avenida Rondon Pacheco.

1. Relevo

Construída sobre a bacia de córregos, como o Lagoinha e o Jataí, a Avenida
Rondon Pacheco fica em uma região de declive, o que possibilita que a água de
outros bairros desça para a via com mais facilidade.

2. Impermeabilização do solo

A região da Avenida Rondon Pacheco é densamente ocupada por edificações, que
deixam o solo mais impermeável e dificultam a infiltração da água da chuva no
solo.

3. Comportamento da população

Outro fator apontado por Paulo Cézar é o impacto da ação humana, principalmente
em relação ao descarte de lixo, entulho e materiais de construção. Ele explica
que, quando não são acomodados de modo adequado, os resíduos são carregados pela
enxurrada e entopem as bocas de lobo.

4. Crescimento urbano

O climatologista também apontou que o próprio crescimento urbano pode levar a um
aumento de até 20% da quantidade de chuvas em relação a áreas rurais ou menos
urbanizadas. Segunda maior cidade de Minas Gerais, com mais de 700 mil
habitantes, Uberlândia sofre diretamente dessa elevação na quantidade de
precipitação.

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Fuad Noman não comparece à diplomação dos eleitos em 2024: Vice-prefeito Álvaro Damião representou a chapa

Em recuperação, Fuad Noman não comparece à diplomação dos eleitos em 2024

Evento que oficializa os mandatos eleitos em 2024 contou com presença do futuro vice-prefeito, Álvaro Damião (União Brasil), dos nomes que vão compor a Câmara Municipal e de outras autoridades.

O prefeito reeleito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), não comparecerá à diplomação dos políticos eleitos em 2024, evento realizado no final da tarde desta quarta-feira (18) no Centro da cidade.

Em entrevista à imprensa, o vice-prefeito eleito, Álvaro Damião (União Brasil), informou que Noman está em casa se recuperando e que ele enviou uma carta, que será lida pelo cerimonial. Os dois integrantes da chapa serão diplomados nesta quinta-feira (19), na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG).

Fuad Noman teve alta no último domingo (15) após ficar internado no Hospital Mater Dei, na Região Centro-Sul de BH, com um quadro de pneumonia e sinusite.

Essa foi a segunda internação do prefeito em menos de um mês. Em novembro, ele foi hospitalizado para tratar dores nas pernas provocadas pela terapia contra o câncer.

Em julho deste ano, Fuad contou que, após exames de rotina, foi diagnosticado com um pequeno Linfoma não Hodgkin (LNH). Ele passou por cirurgia e, imediatamente, iniciou as terapias para combater a doença.

Em outubro, durante o período eleitoral, o prefeito informou que havia concluído o tratamento.

Diário do Estado irá acompanhar de perto a recuperação de Fuad Noman e atualizará as informações sobre seu estado de saúde. Toda a cidade de Belo Horizonte está na torcida pela melhora rápida do prefeito.

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