Última atualização 20/03/2022 | 19:30
Há quase um mês as tropas russas invadiram a Ucrânia. O assunto guerra e tudo relacionado a ele se tornou comum em diversos países e (pasmem!) também nas passarelas de moda. A balaclava, conhecida como touca ninja no Brasil, foi destaque nos desfiles de grifes famosas como Gucci e Calvin Klein e ganhou carona até na coleção de uma marca de peças em crochê brasileira que incluiu aplicação de pedras do design criativo.
O must have entre os mais antenados com a moda reapareceu no ano passado quando o inverno na Europa foi mais intenso e aumentou as buscas pela internet das versões com cobertura total ou parcial da face. Foram 64% a mais, de acordo com o motor de pesquisa Lyst. O preço talvez não seja tão atrativo para a maioria dos curiosos: varia de centenas a milhares de reais.
Coincidentemente, o acessório tem o nome de uma cidade ucraniana onde o item bem justo para aquecer o rosto e o nariz foi usado pela primeira vez no século 19 durante a Guerra da Crimeia, também contra os russos que queriam tomar parte o território com esse mesmo nome. Atualmente, a balaclava vem sendo usada por soldados do país novamente invadido pelo Kremlin e tentado se popularizar entre os civis de outras nações.
Os brasileiros associam a peça a conflitos armados e ao crime, mas em países frios, ela costuma ser usada para manter a temperatura na região da cabeça e pescoço, e ainda está presente em algumas modalidades esportivas.
No Brasil, além de descontextualizada ao clima, a balaclava se tornou polêmica após a influencer Malu Bueno aparecer usando o item. Muitos apontaram a “branquitude” necessária para portar a peça que, se usada por pessoas negras, seria motivo de abordagem policial, e também desrespeito com a religião islâmica, já que a peça é semelhante a um véu, sugeriram os internautas.
Variedade
Desde 2018, a touca vem sendo comercializada como uma opção do vestuário masculino e feminino em estética simples e mais elaborados em tons coloridos e bordados. Artistas como Rihanna, Kim Kardashian e Kanye West, por exemplo, já adotaram o acessório – como uma espécie de substituto da máscara contra covid – em aparições públicas para chamar atenção.