A insistência de Jair Bolsonaro em tentar remover o inquérito da trama golpista das mãos do ministro Alexandre de Moraes faz parte de uma estratégia calculada do ex-presidente. Mesmo ciente de que a derrota seria certa no Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro insiste no impedimento de Moraes como forma de manter-se em destaque na mídia e mobilizar sua base de apoiadores.
O embate entre Bolsonaro e Moraes evidencia as tensões entre os poderes e a resistência do presidente em aceitar decisões judiciais contrárias aos seus interesses. A tentativa de afastar Moraes também serve como estratégia de distração, desviando o foco de questões mais urgentes e polêmicas que envolvem o governo, como a má gestão da pandemia e os escândalos de corrupção.
A insistência de Bolsonaro no impedimento de Moraes pode ser vista como uma forma de manter-se relevante politicamente, mesmo diante de uma possível derrota iminente. O presidente busca manter sua base mobilizada e fiel, reforçando discursos de combate à corrupção e suposta defesa da ordem, mesmo que isso signifique desafiar as instituições democráticas.
A estratégia de Bolsonaro de insistir no afastamento de Moraes também pode ser interpretada como uma tentativa de enfraquecer o Supremo Tribunal Federal e minar a autoridade do poder judiciário. Ao desafiar decisões do STF, o presidente coloca em xeque a independência do órgão e busca minar sua credibilidade perante a opinião pública.
Apesar da derrota certa no Supremo Tribunal Federal, a insistência de Bolsonaro em tentar impedir Alexandre de Moraes revela uma postura combativa e obstinada por parte do ex-presidente. A busca por manter-se em evidência e polarizar o debate público são marcas registradas de sua estratégia política, mesmo que isso cause mais instabilidade no cenário nacional.