A possível indicação de Jorge Messias, advogado-geral da União, para o Supremo Tribunal Federal, após a saída do ministro Barroso, reflete uma tendência atual dos presidentes em escolher ministros mais próximos. Essa escolha estratégica pode garantir uma maior afinidade com as pautas defendidas pelo governo, ampliando a influência política no Supremo. Com ministros alinhados ideologicamente, os presidentes buscam fortalecer suas decisões e ter uma maior previsibilidade sobre os rumos das votações. Além disso, a proximidade entre presidente e ministro pode facilitar a comunicação e favorecer a defesa de interesses governamentais. O presidente, ao escolher alguém com quem possui boa relação, pode obter um maior respaldo em questões jurídicas controversas. Essa estratégia também pode ser vista como uma forma de minimizar atritos e garantir uma maior harmonia entre os poderes Executivo e Judiciário. Por outro lado, essa preferência por ministros próximos levanta questionamentos sobre a independência e imparcialidade do STF. A nomeação de ministros sem uma posição clara e autônoma pode comprometer a atuação do tribunal como guardião da Constituição. A escolha baseada em proximidade política pode gerar desconfiança e prejudicar a credibilidade das decisões judiciais. Diante disso, é importante refletir sobre os critérios adotados para as nomeações e buscar garantir que o STF mantenha sua função fundamental na defesa do Estado de Direito.