Conforme explicam os pesquisadores do Einstein, o estudo realizado é considerado de alta qualidade, devido à sua amostra robusta e inédita. Para compreender a relevância dos dados, é essencial entender a formação de um infarto e o papel fundamental da aspirina no tratamento. Segundo Pedro Lemos, pesquisador do Einstein, o infarto ocorre quando um trombo obstrui os vasos sanguíneos que levam sangue ao coração. Após a desobstrução desses vasos, é crucial prevenir novos coágulos, o que é feito com antiagregadores plaquetários. No Brasil, o infarto é a principal causa de mortes, com uma estimativa de 300 a 400 mil casos anuais e uma alta taxa de mortalidade. O tratamento padrão pós-infarto inclui o uso de aspirina em conjunto com outros medicamentos por 12 meses. Embora eficaz na prevenção de reinfartos, essa terapia aumenta o risco de sangramentos. Portanto, suspender a aspirina prematuramente pode ser arriscado. A manutenção do uso desse medicamento ao longo da vida pode ser fundamental para a prevenção de complicações graves. Portanto, é importante conversar com um profissional de saúde antes de interromper o uso de qualquer medicamento pós-infarto.