O primeiro a sair foi Jorge Luiz. O treinador venceu na estreia pelo Rio Verde, deu esperanças de que talvez em 2018 as coisas fossem ser diferentes, mas acabou demitido. Poucas horas depois, foi recontratado. A partir daí já se sabia que pouco havia mudado.
Foram quatro derrotas até Pezão assumir o time. Pra ele, foi passado um ambiente diferente, com condições de trabalho para reverter os resultados ruins. Bastou um jogo, outra derrota, agora para o Itumbiara, para o técnico abandonar o time e escancarar que tudo continuava igual, ou pior, do que em 2017. Jogadores sem receber desde o ano passado, falta de pagamento para o restaurante que fornece alimento aos atletas, uma iminente greve dos jogadores caso as coisas não melhorassem, e um suposto despejo do hotel onde o time estava hospedado, foi o estopim.
O próximo a abandonar o barco foi o agora ex-direito Reino Alves saiu revelando a situação caótica que vive o Rio Verde, e o risco de o clube não terminar o Campeonato Goiano. A maioria do elenco, 20 jogadores, é contratado através de uma empresa, que faz os pagamentos. Esses estão recebendo em dia. Mas o restante, cerca de nove atletas, que tem vínculo direto com o clube, não recebem. Em solidariedade aos companheiros, todos os jogadores resolveram aderir a uma greve, que poderia resultar em WO contra o Itumbiara nessa rodada. Voltaram atrás, mas nada está resolvido. Para Reino Alves, as chances são altas de o Rio Verde abandonar o campeonato, já que, segundo ele, o presidente do clube avisou que não pagará o que deve aos atletas.
Wolney Marques, presidente do Rio Verde, rebatou as acusações feitas pelo ex-diretor Reino Alves, referentes a falta de alimentação e despejo do hotel.
-Jogador nosso nunca ficou sem comer. Não tive problema com restaurante, eu não tive problema com hotel, tirei o pessoal do hotel lá porque o hotel tá com um valor mais alto, coloquei num hotel mais barato, pra economizar. É só conversa fiada – disse o presidente
Um dos jogadores não aguentou a situação, e pediu para sair. O atacante Jean, com passagens por grandes clubes como Flamengo, Vasco, Cruzeiro e Corinthians, e principal contratação da equipe no campeonato, rescindiu seu contrato e seguirá sua vida.
Pra completar, o ex-preparador físico da equipe, Fabrício Traczinski, acusou o clube de fornecer, em 2017, suplementos vencidos aos atletas. Segundo ele, os problemas são recorrentes, e não surpreendem, tendo em vista as dificuldades enfrentadas no ano passado.
Segundo presidente, as acusações de suplementos vencidos e de falta de comida de qualidade, são falsas.
– Esse preparador físico que fala, tal de Fabrício, eu nem conheço esse cara. Nunca trabalho pra mim aqui, desde 2016. Não trabalhou 2016, não trabalhou 2017, não trabalhou agora, nunca nem vi o cara – disse Wolney Marques