Opinião: Lusa espanta trauma e vence na Série D, mas alertas se mantêm

Vitória por 2 a 1 sobre o Maricá, na volta ao Canindé, afasta o pesadelo dos empates, porém, reforça a preocupação com o desperdício de gols e falhas de marcação.

Jogos festivos e estreias de uniforme são sempre causa de tensão na Portuguesa. Na segunda rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, contra o Maricá, havia os dois elementos. Só que, desta vez, a equipe rubro-verde tratou de afastar os traumas.

O jogo marcava o retorno da Lusa ao estádio do Canindé, de onde a SAF fez a torcida se “despedir” em janeiro, por pura precipitação e enorme erro de cálculo. O clube atuará na boa e velha casa neste campeonato, que acabará antes de as obras começarem.

A partida também seria a de estreia do novo uniforme, o terceiro, de cor avinhada, com detalhes em dourado, alusivo à data de fundação do clube. Foi em um 14 de agosto, no caso em 1385, que Portugal consolidou a independência na Batalha de Aljubarrota.

A vitória por 2 a 1 sobre o Maricá representou, portanto, um alívio. Só que não sem emoção e uma certa dose de receio. Afinal de contas, a Portuguesa vencia por 2 a 0 e o gol de honra do adversário trouxe à tona um fantasma de 2025: a síndrome dos empates.

Sim, esse acabou sendo mais um temor superado. No entanto, o que permitiu esse temor pede reflexão e providências para a sequência. Nesse contexto estão o desperdício de gols, as recorrentes falhas de marcação e a dificuldade em controlar placares favoráveis.

O técnico Cauan de Almeida repetiu a escalação da estreia, com a exceção da entrada de Iago Dias no lugar de De Paula, expulso naquele 2 a 2 com o Boavista fora de casa. Everton Messias, tentativa de outras vezes, jamais correspondida, ficou no banco.

Ao contrário do que muitos poderiam prever, o Maricá treinado pelo ex-atacante Reinaldo não foi ao Canindé com uma postura reativa. Muito pelo contrário. A equipe do Rio de Janeiro começou buscando o jogo, se lançando ao ataque, vertical.

O cenário encontrado pela Lusa foi diferente daquele da primeira rodada, em que sobrou na etapa inicial e teve chances de resolver o placar ainda antes do intervalo. O que se viu nos primeiros 45 minutos foi um jogo aberto, apesar de poucas chances claras.